Análise: água dá empurrão, e Corinthians reage no Dérbi na base da força física e da garotada
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians ensaiou um vexame, teve uma ajuda dos céus e, na base da entrega e de uma grande noite dos seus jovens jogadores, conseguiu um empate por 2 a 2 com o Palmeiras. Sem boa parte das suas referência, o Timão ainda viu nomes experientes como Gil e Cantillo terem atuação bem abaixo da média.
Montado para defender em um bloco baixo, o Corinthians foi um pouco mais bem preparado para o Dérbi em relação à goleada sofrida no Allianz Parque. Mancini pediu que Cazares grudasse em Danilo, volante-armador, e Jô tirasse a iniciação de jogadas do zagueiro Luan.
A estratégia deu certo, com o lado esquerdo palmeirense livre para jogar e pouco produzindo, mas o rival seguiu muito perigoso na pressão alta e transição ofensiva. Depois de erro de passe de Cantillo, Lucas Lima recebeu, driblou facilmente um desprotegido Gil e chutou para abrir o placar.
O Corinthians não pareceu sentir o baque, manteve a estratégia e conseguiu chegar algumas vezes pelo lado esquerdo, com Vital e Piton levando vantagem sobre a marcação de Breno Lopes e Gabriel Menino. Faltou a Varanda, porém, um pouco de precisão na melhor chance alvinegra.
A rapidez do adversário, porém, apareceu de novo em uma segunda bola no meio-campo e não perdoou a linha defensiva alvinegra. Nem Jemerson nem Gil conseguiram ficar à frente dos seus oponentes e Gabriel Silva anotou o 2 a 0. Ali, claramente, o time sentiu e parecia não mais confiar no plano de jogo.
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Foi quando, em uma obra do acaso, a chuva torrencial ficou ainda mais forte, formou várias poças no gramado e transformou o duelo até o intervalo em bola ao alto para Jô. O centroavante, mesmo não acertando todas as "casquinhas", atraía muita atenção e deixava companheiros livres. Como foi com Vital no lance do gol.
O gramado foi secando e se imaginava que Mancini mudaria a estratégia para a etapa final, mas ele manteve os 11 em campo e foi recompensado com uma das jogadas mais bonitas do Corinthians no ano. Roni deu passe em profundidade para Mateus Vital, que sobrou diante de Gabriel Menino, o meia tocou de trivela e Varanda, com muita qualidade, protegeu do zagueiro e cavou para empatar.
O gol acalmou os ânimos e, a partir dali, o Corinthians ficou um pouco mais bagunçado. Cazares, sem função em um gramado daquele, saiu para a entrada de Otero. Durante todo o tempo, também, a ideia foi lotar a área adversária e brigar pelo alto, sem que houve outro grande lance até o final do jogo.
Donelli, com um sofrimento natural para acompanhar a força e a velocidade do profissional após ter quase 95% de experiência só no sub-17, foi bem em dois chutes a gol e assegurou o placar igual.
Com Roni, Vital e Varanda se destacando, ficou claro que o caminho de um Corinthians diferente passa por essa molecada com cada vez mais espaço. E parece que é isso que vai acontecer.