Sylvinho explica escalação do Corinthians e diz que colocou Gabriel para soltar meias e Fagner
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Por Meu Timão
O técnico Sylvinho usou a sua entrevista coletiva para tentar explicar o que pensou ao mandar o Corinthians a campo contra a Chapecoense com Gabriel e Du como volantes, Giuliano de meia e Renato Augusto praticamente como um centroavante, ainda que o camisa 8 tivesse liberdade para circular.
Na avaliação do treinador, a presença dos dois jogadores de maior marcação no meio-campo se fez necessária para que os criativos jogassem mais soltos - incluindo o lateral-direito Fagner, talvez um dos pontos mais criticados do trabalho do comandante.
"O Gabriel era um primeiro volante que tem alterado com Cantillo ao longo do campeonato, temos essa alternativa. Hoje eu queria um meio dinâmico para soltar Fagner, Giuliano, Guedes, GP, dar liberdade pra Renato. Tinha atletas com características apuradas, por isso a ideia do Gabriel", comentou, avaliando positivamente outra participação de Du.
"Sobre o Du, ele deu consistência de meio de campo, recuperou bola, fez com Fagner e GP um lado forte, a gente fez muito por ali. Intervalo vimos outro desenho tático, quase um 4-2-4, com GP dentro e Gustavo fora, atrasamos o Du e fomos variando", continuou.
Para o comandante, seu trabalho tem aproveitado a capacidade multifuncional dos atletas, principalmente Renato Augusto e Giuliano. Sylvinho considerou que a opção por Renato mais à frente havia dado certo contra o Internacional, na semana passada, e acabou dando bom resultado contra a Chapecoense.
"Deu certo contra o Internacional, viramos o jogo e sofremos o empate lá. Hoje deu certo, tivemos posse, ficamos no campo adversário. Mudança faz parte porque se tem grupo, todo mundo está junto e temos características diferentes. Hoje mudamos estilo, Renato e Giuliano fizeram o volante, Jô referência, GP e Gustavo mudavam posições em campo... Gustavo foi bem no segundo tempo, deu amplitude, cruzamentos bons. Ganhamos três pontos, deu certo, no Sul por pouco não levamos os três pontos", avaliou.
Por fim, Sylvinho reconheceu que o Corinthians abusou dos cruzamentos na área, mas apontou o posicionamento da Chapecoense como o motivo para isso. Para ele, no entanto, um gol no minutos iniciais teria mudado esse desenho.
"Não sou só eu que escolho. Temos estratégia e eles jogam. O adversário se defende em duas linhas e me dá amplitude, só o lado, o cruzamento é o que me resta e é incerto. Infiltração é melhor, o cruzamento é mais difícil, mas era o que a gente tinha. O adversário jogou assim. Se a gente faz o gol nos primeiros minutos a gente talvez tivesse as duas oportunidades, eu poderia escolher por já ter o placar. Não foi fácil, criamos como deu, por dentro e fora, mas o gol não veio, ficamos nervosos com o cenário do jogo. É assim. O futebol é complexo e ocorre isso, é do jogo, o time menos qualificado até ganhar do líder. A gente sabia da dificuldade, mesmo sabendo também da responsabilidade", concluiu.