Neo Química Arena: Corinthians e Caixa pedem suspensão de processo judicial pela nona vez
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Por Rodrigo Vessoni
A Caixa Econômica Federal e a Arena Itaquera S.A., empresa responsável pela administração financeira da Neo Química Arena, apresentaram mais um pedido de adiamento do acordo que está sendo buscado entre as partes. E o pedido foi acatado pelo juiz federal Victorio Giuzio Neto. A informação foi divulgada pelo portal UOL e confirmada pela reportagem do Meu Timão, que teve acesso ao documento.
O pedido de ambos os departamentos jurídicos foi para uma suspensão de mais 60 dias da execução proposta pelo banco estatal. O objetivo é de que as partes busquem consenso e um acordo amigável para quitação da dívida de R$ 536.092.853,27 (Timão acredita que a dívida é de R$ 470 milhões).
"As partes informam que, com o retorno da receita de ingressos e eventos realizados no estádio de futebol, além das demais receitas indiretas (aluguéis, espaços, direitos de imagem, etc), a renegociação está em fase final de análise e que continuam empenhadas na solução amigável da demanda, e, não obstante a situação excepcional que assola o País - em virtude da pandemia causada pelo vírus da COVID-19 - que dificulta a estruturação das parcelas do acordo. Informam, ainda, que nas últimas semanas, foram registrados avanços substanciais nas negociações estando pendente de deliberação algumas questões negociais e ritos internos de análise e governança de ambas partes", despachou Victorio Giuzio Neto.
"Assim, haja vista que a composição amigável é meio prioritário para a solução da lide, requer-se o deferimento da suspensão dos feitos pelo prazo complementar de 60 dias, nos termos do artigo 313, II, do CPC. Defiro o requerido. Suspendo os autos pelo prazo suplementar de 60 (sessenta) dias para tratativa das partes com vistas à composição amigável. Oportunamente, tornem os autos conclusos. Int.", completou o magistrado.
O pedido de adiamento deferido pelo juiz federal é o nono do banco e do fundo de investimento em conjunto. As solicitações anteriores aconteceram em dezembro de 2019; fevereiro, julho, agosto e novembro de 2020; março, junho e, mais recentemente, setembro de 2021. Até agora todas foram atendidas pela Justiça.
Vale lembrar que esse acordo entre Corinthians e Caixa foi assunto ainda antes da eleição presidencial do clube. Por meio do GloboEsporte.com, o torcedor soube de um possível acordo entre clube e banco que, por enquanto, é apenas uma possibilidade. Ainda não há preto no branco. Como mostrou o portal Meu Timão, em setembro, o Corinthians está perto de conseguir postergar a primeira parcela para fim de 2023.
Odebrecht
Vale lembrar que a finalização da dívida com a Odebrecht também precisa ser homologada pela construtora. Como mostrado recorrentemente pelo Meu Timão, as reuniões dos acionistas também têm sido adiadas. Veja aqui.