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Vítor Pereira fala sobre torcida do Corinthians e explica escolha do clube baseada na segurança

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Por Julia Raya e Rodrigo Vessoni

O técnico Vítor Pereira foi anunciado oficialmente pelo Corinthians na tarde desta sexta-feira. O português, que não tinha vontade de vir ao Brasil, explicou o que o fez escolher o Timão e, de quebra, falou sobre a torcida, que tem papel fundamental no desempenho da equipe - veja mais detalhes no vídeo acima.

Vítor nunca escondeu a vontade de trabalhar na Inglaterra e também expõe, desde seus primeiros dias no clube, que não tinha a vinda ao Brasil como parte dos seus planos. O interesse e o projeto apresentados pelo Timão, no entanto, o fizeram mudar de ideia.

O treinador, então, detalhou sua linha de raciocínio até a decisão de assumir o Corinthians. A troca constante de técnicos no Brasil era algo que dificultava sua vinda ao país, mas o projeto traçado pelo Timão deu segurança ao profissional.

“Eu já falei que fui convidado várias vezes para vir para o Brasil, e sempre disse que não, pois sempre tive a vontade de ir para a Inglaterra. Por que eu estava focado lá? Porque lá hoje é o campeonato mais competitivo, com mais qualidade tática e eu sou esse treinador, um treinador tático, estratégico, que gosta do desafio, de estar entre os melhores, gosto de ser desafiado. Olho muitas vezes para o Brasil e via sempre um projeto para fazer alguma coisa, mas no final são dois meses, três meses, e acaba o projeto, e essa falta de consistência vista de fora, do meu país, essa falta de segurança de ter tempo para consolidar um trabalho foi sempre uma coisa que me deixou com pé atrás. Pensava: O que vou fazer no Brasil? Vou deixar a família. Muita gente pensa que treinador ganha muito dinheiro, e não é. Nos últimos dez anos dos meus filhos eu não acompanhei, são coisas que não tem preço, não se recuperam", expressou o treinador em entrevista coletiva.

"O que eu quero dizer é que o fato de vir para o Brasil e deixar a família tinha que ser um projeto que eu sentisse segurança das pessoas, que sentisse identificação de valores e que sentisse paixão da torcida. A conjugação disso tudo, as conversas que mantive com Duilio, Roberto e Alessandro no sentido de perceber com as pessoas que estava lidando, com o clube que estava lidando, se era um que dois, três meses e ia para casa. Por isso só quero um ano de contrato, porque no final da época sentamos aqui e vamos avaliar as coisas. Eu vim porque me senti identificado com as pessoas do clube e com a paixão dos adeptos. Eu necessito disso, e com essa identificação, carinho e um pouco de loucura, porque eu tenho, quem é emocional tem disso, é intrínseco. Isso foi o que depois de não sei quantas vezes dizer que não, dizer que sim”, completou logo em seguida.

O treinador nem tinha deixado Portugal ainda quando teve seu primeiro contato com a torcida do Corinthians. Isso porque parte da Fiel Porto foi até o aeroporto falar com o treinador e desejar boa sorte no novo clube. Vítor, então, falou sobre o carinho da Fiel.

O técnico corinthiano reconheceu a força da Fiel e falou também sobre a postura da torcida de apoiar durante todo o jogo, mas cobrar quando necessário. Na visão dele, as cobranças são justas quando a torcida está insatisfeita, o que significa que o time deixa a desejar em campo.

"O que me disseram ao longo da negociação, e conversei com Duilio, Roberto, Alessandro, é justamente isso, sobre o caráter da torcida. Caráter de gente que vive o futebol como se fosse sua própria vida, que vive o clube como se mais nada existisse, fazendo o clube como sua própria família. O que eu senti, e vou sempre ver isso, é uma torcida que apoia, apoia e cobra. E quando a torcida cobra? Cobra quando nós não somos iguais a nós mesmos, quando não damos tudo em campo, e o nosso compromisso é dar tudo dentro de campo. Os jogadores, nós da comissão. O que eu vi confirmou o que me disseram. Eles estão ali para apoiar. No fim, se cobrarem, é porque não gostaram. Se não gostaram, é porque não demos tudo. Aí eles têm o direito de cobrar. E é com essa cobrança que eu sou normal", disse o profissional.

"Nos clubes, quando começo a sentir conforto, deixo de estar em estado de alerta. Preciso desse estado para ter a minha melhor versão como treinador. Há expectativa em relação ao elenco, mas eles precisam se provar. Ganharam muito, mas está no passado. Eu também ganhei no passado, mas quero continuar ganhando, provar que posso continuar ganhando. É um desafio diário para chegarmos ao jogo e provarmos que continuamos com vontade, que o que nos faz andar é ganhar. Esse é o espírito que quero na minha equipe", finalizou logo em seguida.

Veja mais em: Vítor Pereira, Elenco do Corinthians e Torcida do Corinthians.

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