Após conquistar a segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Corinthians agora mudará seu foco para fazer a estreia na Copa do Brasil. O Timão enfrenta a Portuguesa, do Rio de Janeiro, na quarta-feira, às 21h30, em Londrina, no Paraná.

Mesmo vindo de três vitórias seguidas, duas no Brasileiro e uma na Libertadores, o técnico Vítor Pereira afirmou, em entrevista coletiva, que a Fiel pode esperar mudanças no time para a estreia na Copa do Brasil. Além disso, o treinador disse que é obrigação de sua equipe sair com uma vitória de Londrina.

“Para eles é tudo, nós somos obrigados a ganhar, e se ganharmos não fazemos mais do que nossa obrigação. Para eles é uma oportunidade incrível, uma oportunidade muito grande. Nós vamos ter que enfrentar o jogo de forma concentrada, focada, organizada. Vamos mudar porque é a única forma. Temos dois jogos pela frente de altíssima exigência, portanto vamos ser obrigados até pela questão de dar oportunidades para eles crescerem, para evoluírem na maturidade de jogo e acalmarem seu jogo, vamos ter que dar oportunidades, correr esse risco. Vamos mexer muito na equipe, para mim não há outro caminho”, afirmou o técnico.

Vítor Pereira não chegou a especificar quais alterações serão realizadas em seu time visando a estreia na competição, podendo ultrapassar cinco mexidas. Mas, segundo o treinador, as mudanças se dão por conta do calendário alvinegro: após encarar a Portuguesa, do Rio de Janeiro, o Timão enfrentará o Palmeiras, pelo Brasileirão, e o Boca Juniors, da Argentina, pela Libertadores.

“Ou mais (de cinco mudanças), vamos ver, ainda não pensei. Eu não costumo falar muito do jogo seguinte quando estamos discutindo ainda o Avaí, com respeito ao Avaí, nós vamos falar essencialmente do jogo de hoje e já começo a pensar na Portuguesa. Esse calendário não permite pensar só jogo a jogo, tem que pensar sempre nesse e no próximo, e o a seguir, tem que ser assim. Vamos ter que mudar e espero que a equipe dê uma boa resposta, os jogadores que vão entrar. Tenho confiança neles, é uma oportunidade para eles, vamos ver”, avaliou Vítor Pereira.

O técnico do Timão também falou em buscar um equilíbrio na montagem de seu elenco. Pereira destacou que um futebol bonito, como é esperado do Corinthians, não se faz apenas com jogadores ofensivos e que precisa compensar, também, no setor defensivo da equipe.

“Se for jogar uma final e, fundamentalmente, temos que equilibrar a equipe, às vezes, é claro quanto mais qualidade tiver dentro de campo, a probabilidade de jogar um jogo bonito é maior, mas se tiverem todos as mesmas características, se forem todos de predominância ofensiva não se consegue fazer uma equipe equilibrada, consistente e forte, se todos tiverem as mesmas qualidades, preponderantemente um pensamento ofensivo do jogo porque depois falta os outros para compensar no campo defensivo", disse.

“O futebol é a procura do equilíbrio constantemente, e o que procuro fazer em cada jogo é apresentar uma equipe que no momento em que temos bola, vai nos dar qualidade, dinâmica, mas ao mesmo tempo no momento em que perdemos bola, nos sustente essa qualidade ofensiva de uma forma equilibrada. Seja capaz de reagir forte na perda de bola e se formos obrigados a defender, também seja capaz de ter qualidade. Portanto, eu não posso, vocês estão sempre a espera, pelo que entendo, de eu fazer uma equipe com os tecnicamente melhores, mas do ponto de vista individual e depois de coletivo, temos que ser fortes coletivamente, não é só essa qualidade ofensiva que estamos imaginando na equipe, é uma equipe que seja equilibrada", completou o técnico antes de afirmar que já tem em mente como jogaria se todos os jogadores já estivessem 100% em seu elenco.

“Eu, se jogasse numa final, e tivessem todos frescos, em condições de dar seu melhor, eu tenho mais ou menos na minha cabeça como é que eu jogaria, mas como essas competições seguidas, calendário terrível que eu apesar de já ter experimentado muita coisa, só experimentei nas finais na China, o último campeonato lá foi concentrado em quatro meses e jogávamos de três em três dias e o nível ia caindo, as equipes iam se arrastando. Aqui é o ano todo, e nós temos que encontrar soluções, para isso é a única forma é mesclando, é tirar esse que jogou 90 minutos, não vai conseguir o mesmo três dias depois. A realidade me dá sempre razão no sentido de ter que mexer e arriscar. ‘Mas é arriscado mudar tanto’, tem que se arriscar, não há outra forma”, encerrou Vítor Pereira.

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