Sócrates, Biro-Biro, Neto: mata-matas contra o Flamengo forjaram figuras no Corinthians; relembre
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Por Tomás Rosolino
Jogadores do Corinthians comemorando gol de Pedrinho contra o Flamengo, último herói formado em um duelo contra os cariocas
Rodrigo Gazannel/Ag. Corinthians
O Corinthians enfrenta o Flamengo nas quartas de final da Copa Libertadores da América, em duelos pré-marcados para agosto, e vai tentar forjar novos heróis contra os cariocas. Na história, entre vitórias e derrotas, vários conquistaram a Fiel de vez em partidas diante do time do Rio de Janeiro.
O Meu Timão conta alguns exemplos para você.
Quartas do Brasileiro de 1984
Depois de uma derrota por 2 a 0 no estádio do Maracanã, o Timão voltou pressionado para São Paulo precisando de uma vitória pelo mesmo placar para avançar diante dos flamenguistas. E foi numa goleada por 4 a 1, no Morumbi, que dois nomes cravaram de vez sua história para a eternidade alvinegra - um dando um passo final e outro praticamente assumindo esse posto.
O Doutor Sócrates comandou o meio-campo alvinegro e fez talvez a sua última grande exibição pelo clube do Parque São Jorge. Autor de uma assistência, ele deixou o Corinthians pouco depois para acertar com a Fiorentina. Antes, no entanto, deixou o Timão com o memorável duelo em que o placar do Morumbi anunciou as pontes-aéreas para o Rio de Janeiro.
Outro nome que fez a galera vibrar pela dedicação e capacidade tanto defensiva quanto ofensiva foi o meio-campista Biro-Biro. Autor de um dos gols, foi o atleta que ficou mais marcado por aquele 4 a 1.
Quartas da Copa do Brasil de 1989
Nem só de vitórias e classificações vive uma relação torcedor-jogador. Um exemplo disso é o que se sucedeu em uma tarde de sábado de 1989. Depois de também perder por 2 a 0 no Maracanã, o Timão precisava reagir dentro da sua casa e para isso contava com o desempenho de um meia recém-chegado do Palmeiras: Neto.
O camisa 10 começou o embate com um gol olímpico, mas Zico, ainda no primeiro tempo, empatou e deixou a vaga muito longe. O Corinthians precisaria fazer três gols para avançar de fase por causa do critério do gol qualificado, que dava mais peso ao feito fora de casa.
Na força e técnica de Neto, porém, o Timão marcou com Giba, Eduardo e ele próprio num espaço de 15 minutos, levando à loucura os 36 mil pagantes no Pacaembu A catarse era imensa, mas um vacilo, com Zico deixando Júnior sem goleiro, fez o adversário passar nos minutos finais.
Oitavas de final da Libertadores de 2010
O Corinthians perdeu fora e acabou eliminado em casa, mas a volta serviu para um atleta em especial fazer sua estreia pelo clube: o volante Paulinho. Contratado do Bragantino, ele foi acionado quando o placar já estava 2 a 1, classificando os cariocas, mas não conseguiu mudar o destino da partida.
A forja do atual camisa 15 foi mais na parte mental, já que ele acabou sendo alvo de críticas - afinal, como entra um volante para virar um placar? Bom, Paulinho precisou mostrar que ia muito além de um marcador e fazia gols o bastante para, anos depois, chegar próximo dos 40 com a camisa corinthiana.
Semifinal da Copa do Brasil de 2018
O confronto, mais uma vez decidido em São Paulo, começou com um empate sem gols no Rio. Em meio a uma diferença enorme entre as equipes, o Flamengo, vice-campeão brasileiro daquele ano, viu o meia Pedrinho ser o atleta decisivo no duelo da volta, um dos mais emblemáticos da Neo Química Arena.
Com direito a treino aberto à torcida no local, na véspera, o Timão saiu na frente com Danilo Avelar, mas Pará empatou. O cenário ficou montado para Pedrinho entrar na etapa final e, com um chute da entrada da área, viver um dos momentos mais marcantes do clube depois do título paulista daquele mesmo ano. Mais à frente, o canhoto viria a se tornar a maior venda de um jogador na história do Corinthians.
