Vítor Pereira fala em choque de realidade e diz que Corinthians não soube se recuperar de 'pancada'
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Por Tomás Rosolino, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O técnico Vítor Pereira acredita que o Corinthians não soube se recuperar do baque de ter levado o primeiro gol na derrota para o Flamengo, nesta terça-feira, na Neo Química Arena. Ainda que houvesse mais de 150 minutos de futebol a serem jogados na eliminatória, ele classificou como uma "pancada" a bola chutada por Arrascaeta.
"Tomamos essa pancada. Entramos no segundo tempo com ideia de ter paciência com a bola para o jogo não andar sempre com acelerações, criar nossa dinâmica, o nosso jogo posicional hoje quase não nos permitiu fazer as combinações que estamos acostumados. Depois daquele segundo gol, de fato foi uma pancada mais forte ainda", comentou o treinador, dando sequência à análise.
"Senti que a equipe, por mais que tentássemos colocar gente dentro e melhorar nossa capacidade de pressão, não fomos capazes. Eles começaram a ter espaço e, com espaço, essa equipe tem muita qualidade técnica. No sentido de energia, também não senti a equipe com capacidade de pressionar. E eles poderiam ter feito mais um ou dois gols, essa é a realidade”, observou.
Para VP, é difícil definir o que deve ser feito para o segundo jogo, marcado para o dia 9 de agosto, no Maracanã, pela volta das quartas da Libertadores. O tom do comandante foi de tentar ao menos brigar o máximo possível em campo.
"Eu também gostaria de saber como vou resolver. Nós temos que ser, custa muito, foi um bocadinho de choque de realidade para mim. Custa muito perceber que o jogo de fato não é fácil reverter. Temos que ir lá competir, tentar dar o nosso melhor, perceber o jogo melhor do que percebemos hoje. Penso que fomos um bocadinho infeliz no jogo", disse VP.
Em termos de análise no campo, o português acredita que o centroavante Pedro fez a diferença na hora em que o Corinthians tentou pressionar a equipe adversária. Para ele, a possibilidade de sair no jogo direto com o atleta matou a chance corinthiana de acertar a marcação.
"Eu tenho jogador de frente (para enfrentar) chamado Pedro, ele é alto e pega a sobra de bola. A maior parte a resposta da pressão era bola longa no Pedro, depois na segunda bola ele tinha apoio. A gente foi empurrado pra trás, mesmo querendo pressionar. Fagner pressionando, tinha diferença de altura, ele tentou, ganhou algumas, perdeu outras. A resposta deles foi a bola longa. Tínhamos que ter jogado melhor, aceleramos, perdemos bola, marcação forte... não foi... sinceramente a diferença não é tão grande", encerrou.