Arthur explica escolha tática contra o Palmeiras e pontua 'saídas' encontradas pelo Corinthians
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Por Julia Raya e Maria Beatriz de Teves
Arthur Elias falou sobre as escolhas táticas que fez para o Dérbi
Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
O Corinthians goleou o Palmeiras no último sábado, quando garantiu uma vaga na final do Brasileiro Feminino. Para a partida, Arthur Elias teve que lidar com alguns desfalques e fez uma nova escolha tática.
O treinador alvinegro mandou a campo uma equipe que se defendeu, durante toda a partida, com uma linha de cinco nomes: Diany, Tarciane, Andressa, Yasmim e Jaqueline. Além da formação tática inédita escolhida para a equipe, chamou a atenção também o fato de a última das atletas citadas ter sido ausência em grande parte dos treinos por estar com a Seleção. Na visão de Arthur, no entanto, este fato não foi comprometedor e a estratégia foi bem executada.
"Ela (Jaque, quinta atleta da linha) respondeu, como o time todo respondeu bem. Placar agregado mostra isso, merecimento da final. Jaque é jogadora que a gente sempre acreditou, quis trazer no ano anterior e não foi possível, esse ano veio. Deve estar entre as cinco que mais jogou esse ano, em muitas funções diferente. Teve capacidade de aprendizado rápido aqui, muito boa, desde tática individual até de macro da equipe. Vejo com condições de ajudar muito e fez muito bem esse lado de campo, como ala. Se vai seguir ou não, é algo que a gente tem como alternativa, com temos outros, conceitos não mudam, adversário como Palmeiras que povoa o lado do campo daria problema se não marcar bem, por isso a linha de cinco. É estudar o Inter, ver melhor decisão, elas jogam pelo lado, mas são forte por dentro, boas associações, então vamos escolher o melhor pro confronto, num cenário com as jogadoras com característica e confiança, pra desempenhar bem", pontuou o treinador em entrevista coletiva, rasgando elogios à atleta e já falando sobre a possibilidade de repetir o esquema.
A goleada aplicada pelo Corinthians teve gols de Adriana, Gabi Portilho e Jheniffer, duas vezes. O primeiro gol da atacante, vale lembrar, saiu depois da pressão alta do Corinthians, que roubou a bola no campo de defesa, trocou passes e chegou ao gol defendido por Amanda para estufar a rede. Relembrando o lance, Arthur contou como foi o estudo tático da equipe para a partida e revelou que o time contou com o apoio também da auxiliar das categorias de base, Liz.
"Analise de desempenho é muito importante, Bruno, nosso analista, aprofunda mais em relação os nossos jogos, treinos, nosso modelo, e sempre contribui com adversário também. Adversários o Rodrigo, me auxiliar, dedica um tempo. Pra esse confronto, tivemos ajuda da Liz, auxiliar da base, que ajudou a analisar o Palmeiras. É demanda grande de informações, que é discutida com toda a comissão, preparadores físicos.... temos essa conversa bem aberta pra eu ter mais condições de tomar a decisão final melhor", disse o técnico.
"Em relação a esse gol, era algo que eu já conhecia, do time do Palmeiras, as variações da saída de bola, marcamos bloco médio e alto. No intervalo pedi pressão em bloco alta e funcionou bem nesse gol, Palmeiras tinha jogadoras pelo lado e a gente na cola de cinco, ir com a primeira linha e fazer a pressão pra inibir essa saída pelo lado. Naquela hora fizeram o passe pra dentro, Zanotti antecipou e teve sequência de passes, até chegar na Gabi e ela enfiou pra Jheniffer. Isso é treinado (com base) no adversário e por nós, no nosso modelo, roubamos no ataque e tentamos ser rápidos pra ser feliz, Jheniffer foi na conclusão. É mérito do modelo, encaixe ao adversário e o mérito maior das atletas, elas que executam", completou logo em seguida.
