Protesto no CT tem foco em Duilio, caixão com imagem de Jaça e até 'enterro' de Luan; veja fotos
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Por Pedro Mairton e Vitor Chicarolli
As torcidas organizadas do Corinthians marcaram presença no CT Joaquim Grava na manhã deste sábado para protestar contra a atual fase do Timão. As principais cobranças dos cerca de 300 torcedores presentes foram dirigidas à chapa Renovação e Transparência, encabeçada pelo presidente Duilio Monteiro Alves.
Algumas faixas foram estendidas com as mensagens “o Corinthians não é brincadeira”, “Time sem alma, time sem vontade” e “Muito dinheiro e pouco futebol”. Além disso, réplicas de caixões com figuras do presidente Duilio, do gerente de futebol Alessandro Nunes, do ex-presidente Andrés Sanchez e dos conselheiros Jacinto Antôrio Ribeiro, o Jaça, e Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, e até do preparador físico Flávio de Oliveira foram erguidas no CT.
Do elenco, Luan foi o nome mais protestado pelos torcedores presentes. Frases como "Luan, c****, fora do Timão" foram gritadas. Os torcedores também ergueram um caixão em tamanho real com um torcedor dentro, representando o atleta do Corinthians - o torcedor fumava, bebia e tinha uma simulação de balde de gelo entre as suas pernas.
Nos muros, papelões em formato de caixão com os nomes do presidente Duilio, de Alessandro Nunes e de Jaça, foram colados nas paredes do CT, com a frase “Diretoria omissa” sobre eles. As faixas "Velório" e "O coro vai comer" também foram estendidas no local.
O Elenco também foi alvos de protestos, com as frases: "Medalhão, vai se f****, o Corinthians não precisa de você", “Fora todo mundo, diretoria omissa e elenco vagabundo”, “Bando de c****, tem que ter raça para jogar no Coringão” e "Honra a camisa, de vagabundo o Corinthians não precisa".
No local, centenas de torcedores compareceram para se manifestarem de forma pacífica contra a diretoria. Apesar disso, a segurança no espaço foi reforçada com policiais armados, além de motos e viaturas da Polícia Militar.
A parte interna do CT ainda contava com mais quatro carros do BAEP (Batalhão de Ações Especiais da Polícia). O delegado César Saad também marcou presença para conversar com os líderes das organizadas.
No mesmo dia, muros do Parque São Jorge também foram pichados com a frase “Salário mínimo, futebol mínimo”.
O treino começou por volta das 10h e os jogadores compareceram normalmente ao CT, pela entrada principal, uma hora antes, como orientado pelo clube. Alguns jogadores aproveitaram o momento com poucos torcedores para registrarem fotos com eles antes do início das atividades.
O protesto durou até as 12h, um pouco depois do técnico Vanderlei Luxemburgo ter saído do treino para comparecer até os torcedores e conversar com eles, atitude que surpreendeu os que estavam presentes no local.
Celebrado pela torcida, o comandante se infiltrou na multidão e conversou com os líderes das organizadas. Entre os assuntos, estavam um pedido do comandante para apoiar o elenco e dar um período de pelo menos dez jogos para ele trabalhar.
A atitude do técnico mudou um pouco do clima dos protestos, que depois da aparição dele os torcedores cessaram as cobranças e começaram gritar cânticos de arquibancada no CT.