Presidente do Corinthians almeja voto para 'torcedor comum' e anuncia nova tecnologia na Arena
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Por Matheus Fiuza, Rodrigo Vessoni, Vitor Chicarolli e Gustavo Lima
Augusto Melo voltou a direcionar suas ações ao torcedor corinthiano. O presidente do Corinthians, que comandará o clube até 2026, quer aumentar a participação da Fiel Torcida nas eleições do Timão e mudar o funcionamento das eleições.
"A nossa gestão será para o torcedor, que é o trabalho que já estamos fazendo para essa torcida maravilhosa para qual me incluo. Eu vou, sim, tentar convencer esses (quase) 70% para que possamos dar o direito a essa massa de decidir sempre o destino desse monstro que é o Corinthians", comentou em entrevista coletiva na última segunda-feira, após cerimônia de posse no Parque São Jorge.
"Não depende de mim, pois não sou eu quem assino, depende do Conselho (Deliberativo), de uma assembleia geral que aí o sócio vai votar, e a gente quer apresentar grandes propostas para que possamos convencê-lo. A partir do momento que reestruturamos o Corinthians, diminuir essa dívida, montar um grande time, mostrar para o sócio do clube social que ele quem faz essa massa. Então por que não dar o direito para esse torcedor votar?”, completou.
De acordo com o Estatuto do Corinthians, os membros aptos a votar devem estar com as obrigações financeiras em dia, ser associado a pelo menos cinco anos do clube e titular do plano (dependentes de associados não votam). Para dar direito ao "torcedor comum", será necessária aprovação do Conselho Deliberativo, que tem a primeira reunião marcada para o dia 1 de fevereiro.
Em meio a possíveis novidades, o presidente do Timão também falou sobre a Neo Química Arena. Além das mudanças de capacidade, Augusto destacou a implementação da tecnologia de reconhecimento facial em Itaquera, que deve ocorrer em até dois anos.
"Isso é lei. No máximo em dois anos (será implementada). Tive uma reunião agora com o Secretário de Segurança e fomos intimados para isso. É obrigatório pela nova Lei do Esporte. Já estamos contatando empresas para isso, para que possamos ter um melhor custo e condição. Não tenha dúvidas que mais cedo ou tarde será implementado para o bem de todo torcedor", finalizou o mandatário.
De acordo com o artigo 148 da Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/23), há imposição para a implementação de monitoramento biométrico em arenas com capacidade para mais de 20 mil pessoas - o que engloba a Neo Química Arena. Vale destacar que, em dezembro do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 2745/23, em que é obrigatório avisar aos torcedores sobre a instalação dos circuitos de monitoramento nesses locais.