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Quitação da Arena
Proposta do Corinthians para quitação da Arena não passou pelo Conselho Deliberativo, diz Tuma Jr.
Por Meu Timão
Nesta semana, veio a público que a Caixa Econômica Federal recusou a proposta do Corinthians para a quitação da Neo Química Arena . A resposta negativa surpreendeu a antiga diretoria alvinegra. No entanto, não Romeu Tuma Jr. novo presidente do Conselho Deliberativo, que revelou que a oferta nunca passou pelo conselho, tampouco pelo Conselho de Orientação (CORI), o que inviabilizaria qualquer possibilidade do acordo.
“Eu lembro quando saiu essa notícia, foi na véspera da eleição, e eu não falei isso na época, mas eu mandei um e-mail, falei com o presidente do conselho na época, o doutor Alexandre Husni (presidente do Conselho Deliberativo até então), e falei que nós (o Conselho Deliberativo) não vimos nenhum documento. Tem que passar no Conselho isso, não tem nada que possa ser feito de acordo com a Caixa sem que passe", revelou Romeu Tuma Jr. em entrevista ao Alambrado Alvinegro.
“O Conselho tem que autorizar, tem que deliberar, tem que passar no Cori (Conselho de Orientação). E ainda perguntei se algum documento tinha passado, se tinha alguma coisa que eu estava mal informado. Não tinha, e o assunto parou. Não adiantava a Caixa aprovar também, porque se não passou no Conselho não ia viabilizar", concluiu.
À época, o então candidato Augusto Melo chegou a acusar a proposta de ser uma ação eleitoreira, algo que foi rechaçado pelo agora ex-presidente Duilio Monteiro Alves. A oferta se baseava em adquirir cotas do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), mas foi considerada "inviável" pela Caixa.
Com essa oferta recusada, a nova diretoria do Corinthians planeja buscar uma solução. Inclusive, foi até Brasília para encontrar-se com o presidente do banco estatal e o Ministro de Relações Institucionais . Romeu Tuma Jr. acredita que o encontro pode ser para debater sobre a quitação, não para apresentar uma solução: “O presidente Augusto está em Brasília tentando negociar com a Caixa. Diz a mídia que ele está fazendo uma proposta, eu não acredito. Eu acho que ele está conversando para ver a viabilidade, trocando ideias, apresentando talvez uma sugestão. O Rozallah (Santoro, diretor financeiro) deve estar com alguma ideia".
“Devem estar só debatendo para não viabilizar nada que não seja aceito. Mas isso tudo tem que passar no Conselho, tem que ser transparente. Porque se não passar no Conselho, não tem Cristo que aprove. Porque não adianta os órgãos não aprovarem, vai cair na Justiça", disse na sequência.
Atualmente, a dívida da Neo Química Arena, considerando juros, gira na casa dos R$ 700 milhões. A proposta da antiga diretoria era para pagar R$ 531,51 milhões, sendo R$ 356 milhões dos naming rights da Hypera Pharma e outros R$ 175 milhões de FCVS.
Agora, o foco da diretoria é encontrar uma nova possibilidade de acordo com a Caixa que seja benéfica para ambos. A tendência é que durante a gestão de Augusto Melo uma nova proposta seja feita.