- Sou corintiano de coração, até a morte, desde pequeno.

É nessa frase que o torcedor corintiano deve confiar neste domingo, na decisão do Campeonato Brasileiro, diante do rival Palmeiras.

Ela foi dita por Moradei, em sua reapresentação ao Timão, em maio de 2009. Entre lágrimas e sorrisos de satisfação, o camisa 15 disse que voltava ao clube ?para ficar?, ao assinar contrato por três anos.

Aquele era um recomeço para o jogador. Titular da equipe em 2 de dezembro de 2007, quando o empate com o Grêmio por 1 a 1 rebaixou o Corinthians para a Série B, no episódio mais triste da história corintiana, ele queria dar a volta por cima e provar o seu valor para todos.

Mas poucas foram as chances para que isso acontecesse. Em 2010, foi liberado para atuar pelo São Caetano, já que não seria aproveitado pelo técnico Mano Menezes.

Persistente, foi chamado em janeiro deste ano por Tite para retornar após a saída de Elias para o Atlético de Madrid (ESP).

Com 49 jogos disputados e apenas um gol marcado, nunca deixou o status de reserva, já que Paulinho e Ralf são titulares absolutos.

Com o camisa 5 sendo convocado por Mano para a Seleção Brasileira, teve algumas oportunidades no Brasileirão. Tímido, não comprometia até o jogo contra o Botafogo, quando desviou as duas bolas que deram a vitória por 2 a 0 para o time carioca, em pleno Pacaembu.

? Faz parte, só erra quem está ali. Não pode jogar a culpa nele. Não é porque a bola resvalou nele que vão crucificá-lo. Ele trabalha muito. Agradeço por tê-lo como sombra ? disse Ralf, na época.

Neste domingo, é novamente a hora e a vez de Moradei, que deve substituir o suspenso Ralf no jogo mais importante do ano. Conhecido como ?Cachorro Louco?, tem a oportunidade de, como azarão, ajudar o time a ser campeão nacional.

Feito que apagaria a mancha deixada em sua carreira por conta da queda. É a chance que precisava.

Fonte: Lancenet