Jorge Sousa
Vou falar uma coisa: dizer que o que o time vem apresentando com o Carille, pelo menos neste ano, tem a ver com esse 'modo de jogo Corinthiano', cujo início costumamos atribuir à chegada do Mano em 2008, é de de um absurdo sem tamanho!
Time sólido defensivamente desde lá, com raros momentos de instabilidade defensiva? Sim! Agora, o time nunca foi tão modorrento! Olha o futebol que os plantéis apresentaram em 2008 (campeão da série B), 2009 (campeão paulista e da Copa do BR), 2011 (Campeão Brasileiro), 2012 (ano da rendenção), 2013 (campeão paulista), 2015 (campeão Brasileiro), 2017 (Brasileiro e Paulista). Em todas essas temporadas, o time apresentou um ótimo nível de futebol, que passou longe de ser simplesmente 'retranqueiro'.
Mesmo em 2010 e 2014 em que não ganhamos nada, o time tinha uma estabilidade e equilíbrio entre ataque e defesa.
2016 e 2018 foram exceções, porque vieram técnicos ruins e com perfis muito diferentes desse que o time apresenta.
Então, eu rechaço esse papo de que isso que temos visto neste ano é 'o jeito que o Corinthians joga desde 2008'.
O que temos visto em 2019, com raríssimas exceções em alguns jogos pontuais, está longe de ser esse padrão dos últimos 10 anos! Me arrisco a dizer que está longe de ser considerado futebol. É brochante!
em Análise dos jogos > As (outras) aulas de futebol que o Corinthians de Carille tomou
Em resposta ao tópico:
Perguntado sobre a atuação do Del Valle na noite de ontem, Andrés Sánchez foi mais uma vez taxativo: O Corinthians tomou uma aula de futebol.
Mas não é a primeira vez que nosso presidente diz algo parecido com isso. É preciso lembrar outros momentos em que o Corinthians de Carille foi absurdamente dominado, como na semi-final do paulista contra o Santos de Sampaoli:
Depois, no jogo de ida nessa mesma sulamericana contra o Racing, Sánchez soltou essa:
O fato de ser a terceira vez no ano que o mandatário chega a tal conclusão não pode simplesmente ser encarado como algo circunstancial. Há apenas uma coincidência (e talvez nem isso seja) - em todos os casos, contra o Santos de Sampaoli, contra o Racing de Coudet e agora contra o Del Valle, Carille foi superado por um técnico estrangeiro em todos os níveis em que um técnico de futebol tem influência, de forma quase vexatória.
Será que isso não nos diz algo? Será que não chegou a hora de abrir mão desse estilo de jogo e acompanhar o que esses técnicos mais antenados e modernos vem fazendo?
Fica aí o questionamento.