Meu Timão

Como todos sabemos, o Corinthians está atravessando uma fase turbulenta neste primeiro semestre, onde amargou a eliminação na fase pré Libertadores e realiza um péssimo Campeonato Paulista.

Este não é um cenário novo neste ciclo vitorioso, uma vez que o clube atravessou momentos semelhantes após o rebaixamento e também no ano de 2014, ano em que foi promovida grande reformulação no plantel após o período mega vencedor 2011/2013.

Entretanto, há algo que não esteve nos dois períodos anteriores, que se encontra neste e preocupa: a aparente falta de comando interno da direção perante o corpo de atletas.

É nítido, ao menos no meu ponto de vista, que há atletas com status de intocáveis que estão acomodados em campo com a nova comissão técnica.

A perda de espaço de veteranos históricos que não rendiam, mas que oneravam a folha de pagamento (Ralf e Jadson) somada a saída de 'bons de vestiário' (Clayson) pode ter contrariados líderes do plantel. Neste ponto, como torcedor me sinto a vontade para citar os nomes de Cássio, Fagner e Vagner Love.

Curiosamente, são três atletas que há pelo menos quase dois anos deixam a desejar no aspecto técnico, mas que contam com a compreensão da torcida pelo histórico vencedor dentro do clube.

Penso que há que separar muito bem certas coisas. Por mais que sejam identificados com o Corinthians e com a torcida, o ciclo deles pode estar no fim devido a natural queda de rendimento técnico e físico. Além disso, se for constatado futuramente a liderança negativa que exercem, devem ser incluídos em listas de negociação.

O principal obstáculo neste cenário é o delicado momento político da atual gestão (? ), que para tentar se preservar poderá quebrar o contrato com o técnico Tiago Nunes e quem sabe trazer algum velho conhecido (Mano Menezes).

Caso isto ocorra, os jogadores entrariam definitivamente na alça de mira de uma hipotética nova comissão técnica, pois o Mano não hesita em reformular e mandar embora jogadores que não se adaptam ao seus métodos ou que fazem cabo de guerra de lideranças. Ele tem lastro dentro do Corinthians por sua trajetória, é ex técnico da seleção e foi vencedor por aqui montando um time moderno e ofensivo no biênio 2008/2010.

Diante disso, lanço a pergunta: não seria melhor o plantel se enquadrar e absorver as ideias de jogo atualmente propostas?

Eu penso que sim, pois um trabalho iniciado pode garantir a longo prazo regularidade técnica nos torneios que estão por vir, especialmente o Brasileirão, onde o Corinthians não pode, em hipótese alguma, ter um rendimento ruim sob pena de perder dinheiro de patrocínios e queda nas receitas de televisão.