Mario Zangrandi
Trata-se de outra modalidade é como se fosse outro esporte que não tem a mesma força e interesse do futebol masculino (e tudo bem). Querer dizer que tem que ser igual é hipocrisia. É a mesma coisa se o Corinthians tivesse um time de vôlei (masculino ou feminino), se ganhar ou perder, tanto faz, pouca gente se importa. E olha que gosto de volei e respeito os atletas, mas não tem a mesma importância do time de futebol, simples assim. Esse mimimi é chato demais.
em Bate-Papo da Torcida > Por aqui impera o machismo: o caso do futebol feminino do Corinthians
Em resposta ao tópico:
É engraçado ver como a mesma torcida que enche a boca pra falar que somos mais de 30 milhões de corinthianos e não perde tempo em diminuir todo mundo que se apresenta de forma diferente. A homofobia corre solta: 'onde já se viu torcedores gays? Isso é coisa de sãopaulino'. Frequentemente vejo coisas do tipo por aqui, de pessoas com pensamentos mesquinhos e que deveriam estar vivendo na idade média.
Mas hoje quero falar sobre o futebol feminino, que tem tido ótimos resultados para o Corinthians, principalmente nos últimos anos. Somos uma potência nacional, algo a ser celebrado sempre. Ao invés disso, vejo por aqui muitas ironias, deboches, desdém com o trabalho das meninas que tão bem nos representam em campo. Destaco dois exemplos:
1- goleira do time costuma avançar muito, participar como uma jogadora de linha. Aqui no fórum, isso é visto como evidência da falta de capacidade técnica do futebol feminino. Mas aí, quando é o Neuer ou o Alisson fazendo isso o discurso muda, vira característica necessária do goleiro do futebol moderno, que é mais completo em todos os quesitos, sabe jogar bem com os pés. Não poderia ser mais claro: dois pesos, uma medidas.
2 - Gol olímpico marcado pelo Corinthians contra o maior rival. Evento raro no futebol masculino (e também no feminino). Logo aparecem os especialistas, atribuindo toda culpa a falta de habilidade da goleira adversária, questionando a qualidade das jogadoras.
Sempre assim. Comentários feitos por pessoas que não acrescentam em nada.
O mundo mudou, meus amigos. Tende a ser cada vez mais inclusivo, gostem vocês ou não. Aprendam a respeitar o diferente, enaltecer as conquistas de grupos historicamente oprimidos.
Tenho o dobro de orgulho das jogadoras que recebem tão pouco comparado aos homens, e entregam muito mais; dos torcedores LGBT que, apesar de todo o preconceito, com coragem e determinação vão conquistando seu espaço cada vez mais!
Fica aqui o recado: vocês fazem parte do time do povo, independente do que qualquer um diga a vocês!