Dan Sales
Acho que seria melhor colocar o Willian pela esquerda e o Giuliano na direita, fazendo aquele ala armador que flutua para o meio, como era o Jadson e 15 e 17. O Roni tá como segundo volante aí, mas a função que ele vem fazendo ele fica na linha de meias, fazendo o primeiro combate, quando necessário, e chegando a frente como elemento surpresa e ajudando a criar superioridade numérica desde a intermediária defensiva até a grande área. O Roni apresentou um futebol muito abaixo no começo, mas tá se tornando aquele meia box-to-box que não tínhamos desde a saída do Maycon, se continuar evoluindo pode até conseguir se manter titular. Tanto o Giuliano quanto o Renato Augusto são meias muito completos, que fazem esse primeiro combate muito bem, e estando bem fisicamente, o que esperamos que aconteça logo, o sistema defensivo do Corinthians ficaria muito forte, com muitos meias capazes de fazer marcação pressão lá em cima, e um perde-pressiona com muito mais qualidade do que em qualquer dos últimos anos desde 2018. Isso acontecendo o Corinthians fica com um time muito versátil, com um leque de alternativas táticas maior, sem perder tanto poder defensivo.
em Bate-Papo da Torcida > Profissão: Técnico. Resiliência vs Antifrágil
Em resposta ao tópico:
Segundo alvin Toffler, 'os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e reaprender.'
Acompanhando futebol há mais de 4 décadas percebo que a grande maioria dos técnicos se apega à filosofia da 'resiliência'.
Convenhamos, nosso futebol é movido pela paixão e é um grande 'fritador' de técnicos. E a pessoa resiliente é aquela capaz de passar por uma grande perturbação e voltar ao seu estado natural.
O problema da resiliência no futebol é que ela acaba virando teimosia... E teimosia é, disparada, a maior causa de demissões de técnicos.
Pense nos últimos técnicos que passaram pelo Timão e lembre-se das 'teimosias' que eles 'morreram abraçados'.
Acredito que o ideal seria uma transição da Resiliência para o Antifrágil.
O Antifrágil é aquele que consegue melhorar e crescer mesmo em situações inesperadas, com mudanças e pressão.
O resiliente não quer quebrar de jeito nenhum. O antifrágil quebra e se refaz.
O Sylvinho tem muitas ferramentas para se tornar um grande técnico, mas precisa se decidir se o caminho será trilhado com muitas mortes (demissões) abraçado às suas convicções ou se o próximo nível do seu amadurecimento lhe permitirá quebrar e se refazer.
Já ficou muito claro que o seu 'engessado' 4-1-4-1 não funciona com as peças que ele quer usar.
Para este momento (dado às condições físicas dos nossos principais jogadores), uma pequena sugestão seria testar o 4-2-3-1
Nesta formação - e com estes jogadores - teríamos:
- Rápida recomposição dos zagueiros (mais jovens e rápidos que o Gil)
- Apoio dos laterais (comprovadamente eficientes no apoio ao ataque)
- Cobertura dos laterais pelos dois volantes (não precisando sacrificar atacantes para isso)
- Um pouco mais de liberdade para o Renato Augusto (que ainda não está em sua forma física plena)
- Liberdade para os 3 meias entrarem na área (qualidade técnica eles têm de sobra)
- Liberdade de movimentação para o Roger Guedes (qualidade nós sabemos que ele tem)
Acredito que vale a tentativa... Até mesmo para se tornar uma alternativa ao 4-1-4-1 que não esteja funcionando em um determinado jogo.
Se o Sylvinho não se tornar capaz de aprender, desaprender e reaprender, morrerá analfabeto a cada trabalho que realizar.