Matheus Cardoso
Sabias palavras notei o mesmo, e em 2002 o Corinthians presava pela bola, e é isso que o Sylvinho tenta impor, me lembra também a espanha em 2013 e 14 que foi vaiada no Brasil pelo estilo de jogo de trocar muitos passes, porém quando se tem a bola seu adversário não irá atacar, e esse mode de jogar é uma filosofia que as vezes não agrada o torcedor, no final de tudo ela deve ser eficiente, tomara que encontremos o caminho que nos leve a mais gols no último terço do campo.
em Bate-Papo da Torcida > Tonho da Lua e o Corinthians do Parreira (2002)
Em resposta ao tópico:
Em 2002 o Corinthians teve um ano quase perfeito.
Ganhamos a Copa do Brasil e um disputadíssimo Torneio Rio São Paulo, e ficamos com o vice do Brasileirão.
O time, comandado pelo experiente Carlos Alberto Parreira, gostava de ficar com a bola nos pés. Não entregava a pelota facilmente para o adversário. A filosofia de jogo do então treinador era clara: enquanto temos o controle da redonda, o adversário não tem condições de criar oportunidades de gol contra a nossa meta.
A questão é que o time não mantinha a posse de bola de forma gratuita. O Corinthians cozinhava o oponente de forma cruel, quase sádica. As inversões ludibriavam o sistema de marcação do inimigo, e sempre havia um jogador a mais no último terço do campo para fazer a ultrapassagem e originar lances efetivos contra a baliza oposta.
Vejo o time do Sylvinho e noto que ele tenta emular algo similar, porém sem o mesmo brilhantismo do mestre do tetra.
Sua equipe sempre reduz a velocidade da partida. Podem reparar que nossos adversários parecem estar pilhados, e quando a bola cai nos pés dos atletas alvinegros é sempre com aquela intenção de dar uma segurada no ritmo do jogo. Como se precisássemos sempre de tempo e espaço para refletir sobre a melhor maneira de prosseguir. No futebol atual essa é a senha para permitir a recomposição defensiva do outro lado.
As trocas de posição entre os jogadores são raras. Não se criam oportunidades de confundir o adversário. As inversões são telegrafadas e fáceis de serem combatidas. As ultrapassagens inexistem. Quase sempre a ofensiva depende da habilidade de quem está com a bola para combater o oponente no um contra um.
Análises táticas à parte, quando você assiste um jogo do atual Corinthians a impressão que dá é que o time anseia pelo controle da bola SOMENTE para que o adversário não possa criar, mas que é completamente estéril no que tange a criação de oportunidades de marcar um gol.
O futebol não é um esporte onde o objetivo é não perder. Ele é um jogo onde a meta é marcar gols. Mais gols do que aquele amontoado que você enfrenta.
O Corinthians do Tonho é um desserviço para quem gosta de futebol.