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Post de Fic no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Sempre cito uma questão que foi muito específica do ano de 2012:

Até aquele momento, todo ano de Corinthians na Libertadores era uma comoção homérica. Mobilização, cobertura de imprensa, torcida, todo mundo. Era como se a Libertadores fosse o Santo Graal. Todo ano era um 'agora vai, agora vai' com campanha e tudo. Quem não lembra que um dos pontos da própria contratação do Ronaldo era um projeto de vencer a Libertadores no centenário, em 2010?

Em 2012, isso não aconteceu. O Mário Gobbi deu entrevista dizendo 'não sei que mel a Libertadores tem, o Corinthians é muito maior do que a Libertadores, ela virá na hora que tiver que vir'

E, no ano citado, o Corinthians jogou a Libertadores pela primeira vez sem estar obcecado por ela. Sem estar sob pressão, morrendo de medo. Até quando fomos assaltados no Equador, não entramos naquele desespero costumeiro. Hoje, na mesma situação, iríamos para o jogo de volta completamente descompensados e o roteiro seguiria: um ou dois jogadores expulsos por bobeira e eliminação.

Mas isso não aconteceu. Pelo contrário, aliás: o Gobbi reforçou o discurso, xingou até a 8ª geração dos organizadores da competição e disse que dava mais valor até ao Paulista.

Fomos pra volta com tranquilidade. Vencemos o Emelec. E o Corinthians venceu a Libertadores aí. Mantivemos a postura no ano seguinte, mas forças maiores - que vestiam terno e gravata - não queriam o Corinthians bicampeão.

A partir de 2015, o velho Corinthians desesperado e obcecado pela Libertadores voltou. E a taça não virá ao Parque São Jorge novamente enquanto não percebermos que é esse o problema.

em Bate-Papo da Torcida > As raízes psicológicas dos nossos fracassos na Libertadores

Em resposta ao tópico:

A confiança foi um senso evolutivo primordial para a sobrevivência humana. Porém, com o tempo e com base nas pressões ambientais os humanos desenvolveram uma confiança fundamentalmente baseada em resultados concretos e em suas ações. Devemos confiar no resultado de nossos atos. Afinal, nossa vida dependia disso no sucesso da caça ou da coleta. Com base nisso, na confiança que se permeia o medo, é nosso instinto natural de LUTAR OU FUGIR. Ou lutamos contra uma ameaça ou fugimos dependendo da nossa confiança e vivência diante daquela ameaça.

E qual a base disso para o Corinthians na Libertadores? Simples. Ante ao estimulo de se jogar esta competição e lembrando dos vexatórios resultados e das consequências violentas psicologicamente que causaram nos jogadores, o Corinthians sempre entrou com um certo medo de jogar esta competição. O time sempre parecia desconfortável jogando fora e até com elencos fortíssimos havia um certo receio de jogar. Um medo de perder por 1 a 0 e ser eliminado por gol fora na volta e de todo deboche e piadas além da cobrança da torcida, um enorme fantasma surgiu. O time entra fraco psicologicamente na competição e por isso cai precocemente em eliminatória e não consegue reverter contra clubes mais fracos.

Daí a importância de se jogar com frequência esta competição e de renovar os elencos. Sendo os jogadores expostos a todo momento a este estimulo, rapidamente começam a conseguir resultados positivos. Isso é inevitável e logo eles jogarão sem medo e com confiança elevada e futebol de qualidade, o time rapidamente se encaixa e consegue competir. Seja em um La Bombonera lotado ou num Monumental de Núñez, chegando lá e fazendo até bailes e goleadas. Manter a base do elenco de 2011 foi o sucesso crucial para vencer em 2012. O time estava com sangue nos olhos por causa de 2011, e destruiu taticamente e fisicamente todos seus adversários no caminho.

Vai além de massacrar pequenas equipes. É preciso vencer os fantasmas e os inimigos grandes para que seja mostrado ao time e até para própria torcida, que, sim, teme ver o time nesta competição, evidências de que confiar na vitória é real! Por isso que em 2013 foi um pecado venial o que fizeram conosco. Era inevitável que o time vencesse aquele ano. O erro foi tremer na ida contra o mesmo Boca que enfrentamos nesta mesma fase de competição.

Como vencer então?

Manter elenco e jogar com frequência. Nem que seja pra cair em seis oitavas seguidas. Mas que chegue para disputar sempre. Mantendo a base e colocando peças primordiais. Esta foi a chave para o nosso rival que alçou a semifinal em 2018, vencer duas vezes seguidas esta competição. O Corinthians precisa aprender a ir com frequência a Libertadores. Triplicar participações. Jogar sempre. Perder com frequência, e mais importante, vencer bastante dada a exposição a tantos jogos, uma hora a equipe vence. O Flamengo hoje cascudo na competição, caiu na fase de grupos em 2014 e pouca tradição tinha.

Quanto mais participar, torna mais possível ainda que consigamos mais um título. Prefiro cair em SEIS OITAVAS, cair em semis ou até perder títulos do que não jogar como muitos inclusive certas gestões do clube desejavam e alguns torcedores também.

Até lá, é preciso abandonar esta cultura de não valorizar a vaga e de ter sempre campanhas terríveis. É hora de virar costume o time estar no G4 ou até vencer uma Copa do Brasil, para chegar sempre nesta competição custe o que custar.

O Corinthians já saiu no lucro de jogar esta edição. Vamos até onde der. Mas pelo menos fomos depois de cinco anos! (2019 não conta pra mim). É hora então de participar cinco anos seguidos e quebrar esta sina!

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Réplicas desse post

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Celso 12 posts

@celso.velasquez em 29/05/2022 às 10:04

2012 entramos como azaraoes, desacreditados (mesmo sendo campeão Br) e toda mídia e atenção estava para o Santos de Neymar. Isso ajudou demais

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