Meu Timão

Pra começar é um texto longo, quem tiver tempo leia e dê sua opnião.

Por mais que os lixos da Conmebol assim como os fanboys de Champions League prefiram essa aberração de Final única, o modelo já se mostrou um fracasso monstruoso na América do sul. Aliás com mais uma final no Maraca, quem tá rindo a toa é o Flamengo, que claramente junto da CBF mexeu os pauzinhos por mais essa chance de decidir em casa, segunda final no Brasil em 6 anos.

Tudo começou após os episódios de violência entre Boca e River na Final de 2018, em que anularam o segundo jogo que seria no monumental, anularam o resultado de empate do primeiro na Bombonera e resolveram jogar a final lá na Espanha no Santiago Bernabeu, justamente o campeonato chamado de ''Libertadores da América'' jogado na Espanha, parabéns Conmebol, dane-se a história tanto do continente quanto a tradição dos 2 jogos.

A partir daí as finais subsequentes de 2019 em Lima contaram dado a distância e os desafios de logística do continente com mais torcedores locais peruanos do que os de Flamengo e River, em 2020 em meio a pandemia o Maracanã foi palco, público reduzido, em 2021 já com a volta da torcida em estádios, Final vazia no Uruguay, assim como foi ano passado outra final vazia no Equador.

Uma das grandes características boas da Libertadores era a festa das torcidas nas finais em 2 jogos, ocasionando justiça as torcidas que acompanhavam seus clubes na luta pelo título, uma característica que não deveria ter sido mudada em prol de contratos nebulosos e a fim de querer copiar europeu mesmo que nosso continente seja muito maior, com uma topografia completamente diferente e com métodos de transporte completamente impraticáveis a nível terrestre pra mobilidade de milhares de pessoas, diferente como é se movimentar na Europa ocidental que é menor do que o Brasil e tem uma malha de trens em que praticamente todos os países são conectados.

A Libertadores teve muitos problemas estruturais com a questão de violência, árbitros ridículos e casos de corrupção que não atingem apenas no tocante Brasil (CBF) e Argentina (AFA), mas que já passaram a mão principalmente em equipes de confederações menores (Colômbia, Chile, Equador etc).

Outra questão que mostra a bagunça absoluta do torneio nas mãos da Conmebol é o fato do Brasil ter 8 vagas e a Argentina 6, antigamente a Libertadores mesmo pra Brasil e Argentina classificava só o campeão e vice do país(até os anos 90) e a partir dos 2000 o modelo do G4 se mostrou uma boa ideia para privilegiar as ligas mais fortes do continente mas sem exageros, permitindo que existisse uma maior representação de vários países na competição, o fato de Brasil e Argentina serem o futebol historicamente mais forte do continente não significa que devem ter o Dobro ou triplo de vagas de outros países, Libertadores já virou uma Copa do Brasil com grife de 2019 pra cá e isso vem causando até o aumento da antipatia das torcidas de clubes de fora com os brasileiros e até casos deploráveis de racismo(vindo de países igualmente miscigenados).

O Brasil aos olhos das outras ligas e confederações menores vem se tornando cada vez mais no controle da Conmebol, no país mesmo praticamente com exceção dos rebaixados todo clube vai pra uma competição sul-americana, inchando de times brasileiros que possuem maior poder aquisitivo no torneio e minando a competição das surpresas que tinha no passado.

A Solução pra isso? O contrato com as empresas e a ideia de ''Final Única'' pela Conmebol pra Libertadores vai até 2026, até lá espero que exista a possibilidade de trazer os times da Concacaf(México, Usa, Canada, Costa Rica) para o torneio e esse acúmulo de vagas para Brasil diminua.

Muitos podem achar 'maravilhoso' essa hegemonia brasileira na competição e inúmeras vagas, mas a realidade é que isso enfraquece não só o futebol sul-americano como o Brasileiro no geral, já vimos recentemente aberrações como o Vasco, América MG entre outros disputarem Libertadores só pra passar vexame, isso torna mais acessível o principal torneio do continente para equipes cada vez mais fracas.

A única coisa que deveria ser copiado de fora ou mantido era a ideia de G4 para as principais ligas e G3/G2 para as ligas mais fracas, disputando uma fase prévia para então irem para as fases de grupo da competição, além de uma gestão mais eficiente e premiações maiores.