Waldir Mello
Quando a Parmalat veio ao Brasil para investir no Palmeiras, ninguém conhecia seus produtos porque não eram vendidos no Brasil.
No caso da Klar é a mesma coisa.
A empresa já existe a 25 anos em diversos países e tem vários ramos de atividade, inclusive petróleo.
Quem está falando pela empresa não é o dono e sim o Presidente da mesma no Brasil, onde ela pretende lançar produtos de limpeza.
Para tanto, a empresa está entendendo que o Corinthians tem um grande apelo publicitário para a venda de seus produtos.
Vocês acham 10 milhões muito dinheiro, mas já imaginaram se ela tiver a exposição que tem a Unilever no Brasil, ou mesmo assumir a primeira posição na venda de produtos de limpeza no curto prazo?
Nesse caso 10 milhões de dólares, viraria dinheiro de pinga.
Outra coisa, tem muita gente achando que na atual gestão do Corinthians só existem bobos.
Na atual gestão corintiana, tem muitos administradores, economistas e advogados renomados envolvidos, o que não existia na época do Dualib.
Vamos parar com essa negativação parecendo anti invejosos e dar um voto de confiança para a nossa diretoria e para a empresa.
Será que se o investidor fosse a Emirates teria alguém colocando em dúvida o investimento?
Não se esqueçam que os produtos da Klar no Brasil serão lançados apenas em 2016, portanto, ainda não existem. Mas a empresa TABOR CHEMICAL já existe há 25 anos, nos segmentos de industria, Papel & Celulose, agricultura, Petroleo & Gas, Tintas & Vernizes, construção civil e Esporte. E opera nos seguintes países: Venezuela, Colombia, Estados Unidos, Emirados Arabes, Polonia e China. No ramo de Petroleo e gas, é uma das lideres do mercado mundial.
O Presidente mundial do grupo TABOR CHEMICAL, Senhor Miguel Larios é o dono do clube de futebol Tigres do Rio de Janeiro, que inclusive firmou esse ano uma parceria de intercambio com o próprio Corinthians.
Então, vamos ter os pés no chão sim, mas parar de falar besteiras sem conhecimento.
em Bate-Papo da Torcida > Klareando as coisas
Em resposta ao tópico:
http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2015/12/08/klareando-as-coisas/
A Klar já começou com tudo o patrocínio ao Corinthians. Após ser apresentada na semana anterior à última rodada do Brasileirão, a empresa de produtos de limpeza decidiu falar bastante antes mesmo de começar a trabalhar. Em entrevista à rádio Transamérica, Marcelo Prado, presidente da marca, desandou a prometer sonhos ao torcedor corintiano (a matéria completa está aqui).
Entre as frases marcantes do executivo está a de que a Klar, ao lado de outras duas empresas, está negociando a compra do naming right da Arena Corinthians. Ou, ainda, que em 2018 serão investidos US$ 20 milhões no patrocínio da Klar ao clube.
Como exposto aqui mesmo no blog há uma semana, patrocínio esportivo consistente precisa ser, antes de tudo, lógico, como mostra a Emirates em sua estratégia mundial de investimento no esporte (relembre aqui).
É exatamente contra esse conceito que a Klar se posiciona.
Como pode uma empresa que ainda não tem faturamento, previsão de receitas, etc. Imaginar que, em dois anos, fará um investimento nunca antes visto num patrocínio no Brasil? Mais ainda, por que seu principal executivo precisa ir à mídia prometer esses investimentos?
A maneira como a marca se posicionou deixou muito claro que ela está mais para Hwauei do que para Emirates. Há dois anos, a fabricante de celulares chinesa flertou com o São Paulo, patrocinou a camisa do Santos, falou que iria entrar com força no ano seguinte num clube e… aproveitou bastante a exposição de mídia que teve ao fazer isso para não fazer absolutamente nada no esporte.
O grande negócio do patrocínio esportivo é se aproximar da paixão do torcedor para ganhar consumidores fieis. A fidelidade do torcedor com o time pode se transferir, também, para a marca que ele patrocina. Prometer mundos e fundos antes mesmo de começar a ganhar dinheiro como empresa parece ser um comportamento completamente oposto a esse.
A Klar precisa, primeiro, dizer a que veio no mercado brasileiro. Depois, poderá ganhar seu espaço e fazer história numa longeva parceria com o esporte, como geralmente acontece nas histórias de sucesso de patrocínio esportivo. Mas, antes de tudo, precisa deixar muito klaro o que ela quer com o esporte.