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Post de Matheus no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Olha, não sei se alguém já postou aqui, mas queria compartilhar uma crônica que me deixou emocionado.

Ela é do 'palmeirense' Mauro Beting.

Vamo lá:

Independence Day Corinthians: 4/7/12

Quatro anos do dia quatro que valeu por todos os corintianos desde 1960.

Quatro anos do NUNCA SERÃO. E foram invictos como ninguém havia sido desde 1978. E desde então.

Foi, Corinthians.

Eu não vou com vocês. Mas quem vai, não tem como esquecer.
Reproduzo aqui meu texto naquela madrugada de 5 de julho. Ainda na cabine do Pacaembu da Rádio Bandeirantes, onde cheguei 11 da manhã daquela quarta-feira.

Um dos meus textos mais reproduzidos. Junto com o do retorno à Série A, em 2008. Do centenário alvinegro, em 2010. Do Mundial em 2012. Dos 105 anos, em 2015. Da despedida de Tite, em 2016. Todos eles detonados por muitos palmeirenses como eu. E também por alguns coleguinhas como vocês que acham que é só “média'', “querendo jogar pra galera'', “pagando pau de…'', “pau mandado do patrão'', “caça-clique'', “vendido para quem dá Ibope''.

Isso é tudo verdade. É tudo isso mesmo.
Afinal, só em ficção mesmo teria acontecido um 4 de julho como o de 2012 no Pacaembu.

Melhor ficar com o relato daquele momento.
A ele. Com a imagem e o áudio de onde eu estava.

Final de Corinthians 2 X 0 Boca Juniors – Na cabine do rádio

Alguns disseram que o Homem não conseguiria pisar na lua. Quando pisou no satélite, acharam que era coisa de cinema. Muitos disseram que o Corinthians não faria a América. Que a Libertadores prenderia o coração corintiano para sempre. Mas o longa metragem que começou dia 4 e terminou em 5 de julho, trinta anos depois do Sarriá, sorriu para o corintiano. Quando Alessandro levantou o caneco, parecia coisa de cinema.

E foi. Em 3D. HD. D+. Foi obra de realismo fantástico para os fiéis de filmes em preto e branco não mais mudos – no máximo roucos. Um bando de loucos roucos pelo Brasil e pela América agora corintiana. Foi um filme de terror para infiéis multicoloridos. Os que não creem. Os que não sabem. Por vezes, nunca souberam.

Os infiéis podem já ter sido campeões. Bi. Tricampeões da América. Até podem não ter conquistado o continente. Muito menos o mundo. Mas torceram como nunca – ou como sempre – contra o sucesso do time de Tite. Um Timão com espírito de equipe. Um elenco com a alma do Corinthians.

Sócrates morreu no dia do penta brasileiro. Na noite da conquista da América, ele reviveu no calcanhar de Danilo para o gol de Emerson Sheik, o artilheiro dos jogos decisivos da Libertadores. Quando eram 23h13, o sonho marcou hora com a história. O segundo gol do Emerson que foi mais veloz que o Fittipaldi calou o Boca e liberou o berro dos maloqueiros não mais sofredores.

Acredite: campeão da Libertadores é o Corinthians. Não é ficção, não é o armagedon. É fato. É feito. É foda. É eles. Não “é nóis” que não sou deles. Sou dos tantos times que torceram contra e que perderam a piada pronta. Da imensa torcida que fez do Boca “o Brasil na Libertadores”. Como o próprio corintiano foi xeneize em 2000,2001,2003 e 2007. Porque o futebol é assim. É amar os seus e não gostar dos outros. Quando muitas vezes é preferir ver o outro perder a se ver vencedor. A desgraça alheia é mais saborosa que a própria fortuna.

É a graça do futebol. Esporte abençoado que não permitiu por 52 anos que um colosso como o Corinthians chegasse a uma decisão. Disputa maravilhosa que deixou tantas dores se transformarem na epopeia de Cássio, na romaria de Romarinho, na bola de Castán, Ralf, Paulinho e Danilo, nas histórias tão inverossímeis que parecem futebol. Parecem Corinthians.

Campeão invicto da Libertadores. Vencendo nas quartas o primeiro campeão sul-americano de clubes em 1948 – o Vasco. Vencendo nas semis o atual campeão continental – o Santos de Neymar. Vencendo na decisão o maior campeão deste século – o Boca de Riquelme. Não perdendo. Só vencendo. Só ganhando o que diziam que seria impossível. Que só aconteceria quando o mundo acabasse.

O planeta segue vivo, pulsando como o coração corintiano. O mundo pode até acabar em 2012. Mas, se acontecer, ficará para a história que o campeão da América é o Corinthians.

Coisa de outro mundo. Do lugar onde está cada corintiano. Olhando lá do espaço para a América e pensando com os botões da camisa preta e branca: “essa terra é nossa. Ali é Corinthians”.

Eles são de um bando louco por ti, América.

P.S: José Costa é Zé como tantos, é Costa como muitos, é Corinthians como um bando. Teve um câncer no cérebro em 2010. Não falava. Não enxergava. Não andava. Teve infecção hospitalar. Teve embolia nos pulmões. Teve quase tudo. Tinha menos de 0,5% de chances de sobreviver.

Em 4 de julho de 2012, estava tudo funcionando com seu José Costa. Principalmente o coração corintiano que bateu como nunca. Especialmente a voz que não sussurrava há dois anos e que berrou a plenos e recuperados pulmões com o título que parecia tão impossível quanto a recuperação física dele. Sem nenhuma sequela. Com toda alegria pela Libertadores.

Parabéns pelo seu Corinthians no 4 de julho da independência da América do Norte em 1776, ops, da conquista da América da Sul, em 2012. Parabéns pelos 84 anos completados nessa quarta-feira de glória.

Foi assim há quatro anos.

No final daquele ano, o mundo não acabou como haviam previsto os maias.

O Corinthians foi bicampeão mundial, como muitos previam contra o Chelsea.

No começo do ano passado, seu José descansou. Ou, conhecendo a peça, foi fazer barulho lá em cima com seu amigo João, pai do meu parceiro Edu.

Devem estar discutindo com meu pai o Mundial de 2000 e o de 1951. A Libertadores de 1999 e 2000. Paulista de 1954 e 1995. O de 1974 e 1993.

O de sempre. Sempre seremos assim.
Ganhando ou não ganhando. Jamais perdendo. Quem torce pelo futebol é tudo menos perdedor.

em Bate-Papo da Torcida > A independência Corinthiana(Mauro Beting)

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