Felipe Moraes
O que precisa é prestar mais atenção e não contratar um jogador só por um campeonato.
Mercado Sulamericano é como o brasileiro, tem opões boas e ruins. É só saber avaliar os jogadores.
Corinthians mesmo, contratou de graça o Mendoza, fraquíssimo, hoje tem um baita zagueiro que é o Balbuena, e sem gastar muito para os padrões atuais do futebol.
Em 2014, ninguém no Brasil e na Europa se interessou pelo Edwin Cardona, que era do Atlético Nacional, que estava voando. Monterrey o contratou, e hoje o Bayern Munich está interessado nele, e o seu atual clube, pode faturar uma bolada.
em Bate-Papo da Torcida > O craque estrangeiro
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Então ele chega. Nunca despertou o interesse de grandes clubes europeus, mas já passou pelas seleções de base de seu país e brilhou em algum Apertura por aí, deu umas assistências, fez uns golaços. O suficiente para chegar com status de salvador ao seu clube. Ele, o gringo craque que ninguém nunca viu jogar.
É um cara que joga no terço final do campo. Supostamente, é ofensivo, veloz, tem um bom passe, bons dribles… Falta não é sua especialidade, mas ele é gringo e é craque, provavelmente consegue guardar uma ou outra cobrança.
Logo que as especulações sobre sua chegada começaram a pipocar, você já foi procurar seu nome no Google. Os números não empolgam: ele não fez nem cinco gols no Campeonato Argentino passado, e as assistências também não são nada demais. Hora de ir para o Youtube. Fiel a seu clube, você faz o esforço de tentar ignorar a música ruim de fundo e se empolga com uma corrida aqui, um drible ali e aquele golaço, na gaveta. Parece que é craque mesmo.
Então o gringo craque é relacionado pela primeira vez para um jogo. Mais um empate chato sem gols vai se desenhando, a partida já passou da metade do segundo tempo, e todo o mundo começa a cantar o nome do recém-contratado. Ele entra, toca uma ou duas vezes na bola, mas não faz nada. No jogo seguinte, mais uma vez é pedido pelos torcedores, sai do banco e não altera o jogo.
O torcedor então argumenta: “É que ele está tendo pouco tempo em campo, precisa jogar os 90 minutos”. A chance no time titular chega, de fato o gringo craque apresenta um futebol um pouco melhor, mas nada que justifique o apelido de “Novo Fulano” que recebeu.
Os primeiros jogos ruins são sempre relevados. Ele precisa se acostumar ao futebol brasileiro, se encaixar melhor no esquema do treinador. Não, o problema é o treinador! O time está bagunçado, como é que o futebol do cara vai deslanchar?
O tempo passou, o gringo craque ainda está longe de render o que dele se esperava, e a torcida começa a perder a paciência. E é justamente quando ela está a ponto de se desiludir completamente que ele vai lá e anota aquele golaço marcante. Confiança renovada para mais alguns meses de decepção.Ele nunca deslancha, afinal não era craque coisa alguma. Havia um motivo pelo qual ninguém o havia visto antes. Com a paciência de comissão técnica, torcedores, dirigentes e imprensa esgotada, o gringo craque vai jogar na Série B ou encontra outro time em algum outro país na América do Sul. E não é que é capaz de ele aprontar contra o seu time em uma fase de grupos da Libertadores?
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