David Junior
Car4lh*.. Fiquei emocionado de verdade, muito mais doq com a versão original! UHAuhUAHuhA
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Em resposta ao tópico:
Desculpe o transtorno, preciso falar de Adenor
Conheci ele em 2004. Acabara de montar o time que fora campeão Paulista pelo São Caetano com Muricy Ramalho. Três anos antes, já havia nos derrotado em uma final de Copa do Brasil no nosso salão de festas. Chegou para assumir um time desacreditado, pra não dizer horrível, com craques como Valdson, Edson, Wendel, Bruno Octávio, Alberto, Bobô, Abuda e outros. Estreiou após três rodadas, e no fim do ano, quase brigamos por vaga na Libertadores.
Veio 2005, veio MSI, veio Carlitos Tévez, Carlos Alberto, Gustavo Nery e cia. Mas também veio Kia, e quando veio um jogo, contra o São Paulo, quando veio um pênalti, quando Coelho bateu, e quando Rogério defendeu, Kia entrou no vestiário, gritou, esbravejou, Tite o repulsou, mas acabou saindo.
Passamos alguns anos longe, ele foi para Minas Gerais, vencemos o Brasileiro. Ele voltou para a cidade, novamente para salvar um time do rebaixamento, e o fez com sucesso, mais uma vez. Depois, da cidade para Arábia, da Arábia para o Sul, do Sul outra vez para Arábia, e da Arábia..
Começávamos a ver um Adilson perdido, mas parecia que logo ele voltaria. Vimos uma volta sob uma certa desconfiança. Fizemos um final de campeonato apenas regular. Queimamos a primeira chance de libertação porque ainda não estávamos preparados. Escrevemos a história do pentacampeonato brasileiro em 2011. Fizemos uma boa primeira fase e com Cássio no gol uma ótima oitavas. Fizemos com Sheik na Vila e com Danilo no Pacaembú as quartas, com Paulinho e com Tite nas numeradas as semi. Sofremos com um gol, mas vibramos com Romarinho, vibramos e mordemos com Sheik, enfim a libertação. Viajamos o mundo, e com Guerrero, conquistamos o mundial no Japão. Dos dez títulos que mais gosto, cinco foram você quem nos deu. Os outros, foram o melhor elenco que vi e mais dois paulistas históricos. Aprendi o que era treinabilidade, e também o que era equilíbrio, paciência, e 'fala muito', e além de outras palavras deveras esquisitas, também um modo de jogar, o jeito Corinthians de jogar.
Um dia terminamos novamente, e não foi fácil. Choramos com Amarilla e com Alexandre Pato. Mas comemoramos de cobertura com Renato Augusto. Você se preparou por um ano, e voltou ainda melhor em 2015, com mais posse, compactação, troca de passes, o hexa veio com sobras e até Looooove. Até hoje, não há um jogo, seja na Arena ou fora, que eu não diga em algum momento: Cadê ele? Parece que, pra sempre, ele vai fazer falta. Se ao menos o Matheus tivesse ficado, eu penso. Levaria o filho dele conosco.
Na semana passada, pela primeira vez após o último término, vi você no banco de outro time pela primeira vez - não por acaso da seleção. Achei que fosse chorar tudo de novo. E o que me deu foi uma felicidade muito profunda de ter vivido essa grande história. E de ter a esperança que a nossa seleção está em boas mãos. E que um dia quem sabe volte. Mas obrigado, não faltou nada.