Lucas Samapaio
Muito difícil ganhar do Corinthians
Time tá cascudo arrumado
Apesar de tá perdendo muito gol
Mas o que preocupa é, será que vamos manter esse time pelo resto do ano pelo menos?
Porque com esse time da pra ganhar a sul americana sim e quem sabe brigar pelo brasileiro
em Bate-Papo da Torcida > O Corinthians encaixou (Nem tudo na fox é lixo, leiam)
Em resposta ao tópico:
Fala galera, segue o texto escrito por um dos raros jornalistas de verdade dessa pífia emissora(Fox). Cara sério, que tem conhecimento tático e do futebol da América do Sul.
O Corinthians encaixou (Por Eugênio Leal)
Mais importante do que ter um elenco milionário é ter um time que funciona. E isso pode acontecer com clubes ricos ou não. Claro que um grande elenco “encaixado” terá um horizonte mais promissor do que outro “menos favorecido” tecnicamente. Mas ambos precisam encontrar padrão de jogo, entrosamento, ritmo de competição. Como o Corinthians atual.
Fabio Carille encontrou a forma de jogar da equipe: forte defensivamente e consciente quando tem a bola. O Corinthians entra em campo sabendo exatamente o que vai fazer. E por isso faz bem. É um time organizado em todas as fases do campo. Imbatível? Isso não existe no futebol. Competitivo? Aí sim, extremamente.
Antes de entrar em detalhes é importante esclarecer que o futebol é dinâmico e o desempenho de uma equipe depende de inúmeras variantes. Um jogador importante que se ausente já muda a forma de jogar. Foi assim quando Rodriguinho não esteve em campo recentemente. Será também quando Jô, Gabriel ou Jadson estiverem fora. Ou Cássio. São todos fundamentais. O nível físico da equipe, que está excelente, pode variar e interferir na qualidade do futebol apresentado. Os adversários podem encontrar fórmulas para quebrar as conexões de passe, enfim: não há garantias de que será assim até o final do ano.
E este é o desafio de Carille. Criar situações para manter o nível do time ao longo do desgastante Campeonato Brasileiro que está para começar. E isso passa por soluções alternativas para as principais jogadas, que ficarão marcadas. Também por manter o foco e a concentração do time e por sustentar a preparação física. Isso é um próximo passo. O primeiro foi dado.
São poucos os times no Brasil que possuem identidade e padrão de jogo definidos. O do Corinthians não é o melhor do mundo, mas existe. Está lá. E só por isso já o faz um time superior à maioria neste início de brasileiro. Ter uma estrada de evolução a trilhar é muito melhor que estar perdido numa encruzilhada.
Mas como joga este Corinthians?
O pulo do gato foi abandonar o 4-1-4-1 que era usado desde a “Era Tite” e dar mais liberdade para Rodriguinho, que passou a jogar mais adiantado num sistema que pode ser definido como 4-4-1-1.
Com Jadson e Romero fechando as laterais da linha de meio campo e Gabriel ao lado de Maicon por dentro, Rodriguinho passou a ser o articulador, por trás de Jô. Com menos obrigações defensivas, ele trabalha numa região que lhe permite chutar de média de distância (uma de suas armas) e ganhou liberdade para se infiltrar na área mais vezes e se transformar no artilheiro do time.
O entrosamento com Jô, que vive um excelente momento, tem sido fundamental. O centroavante tem funcionado maravilhosamente como pivô, fazendo a parede para tabelas com Rodriguinho ou desviando de cabeça os lançamentos de Cássio. Quando não faz isso, Jô se movimenta de forma inteligente para atrair a marcação e abrir espaço para as entradas de Romero e Jadson.
Com o paraguaio o time tem mais velocidade e força de um lado, contrastando com um boa finalização de fora da área e os excelentes passes de Jadson, do outro. Romero costuma entrar mais na área abrindo o corredor para a chegada à linha de fundo de Arana, autor de passes importantes para as cabeçadas de Jô. Jadson serve como parceiro de tabelas para Fagner trabalhar pela direita.
Sem a bola o time se compacta rapidamente e fecha os espaços do adversário quase sempre atuando com a chamada “pressão baixa”, ou seja: marcação recuada atrás da linha da bola em seu campo de defesa. O bloco defensivo fica difícil de ser transposto.
É preciso desenvolver melhor o sistema de “proposição” de jogo diante de adversários mais fechados. Esta situação deve acontecer muitas vezes nos jogo realizados em Itaquera durante o Campeonato Brasileiro. Não dá para jogar sempre da mesma forma na competição mais difícil de nosso calendário. E a primeira “prova” será neste final de semana contra a brava Chapecoense. Vamos ver no que vai dar.
(Vai dar CORINTHIANS, EUGÊNIO hahaha) #VaiCorinthians!