Rafael Abed
Bom, em primeiro lugar eu sou totalmente contra qualquer anúncio estatal. Nunca o dinheiro dos impostos deveria ser usado para propaganda dos governos e dos políticos que detem cargos.
Quanto mais longe o governo ficar das emissoras de TV (aliás, de qualquer atividade econômica), melhor. Sou totalmente contra TVs públicas. Ainda mais num país que falta saúde, educação e segurança. Governo tem que ter prioridade em vez de gastar um pouco com tudo.
Também acho que sequer deveria existir concessão. Qualquer um poderia ter seu canal de TV. Concessões servem apenas para diminuir a concorrência e proteger pessoas influentes.
A Globo em si não domina o mercado de emissoras de TV. Empresas que detém concessões pagam para retransmitir seu conteúdo - são as afiliadas, com seus próprios donos que não são da família Marinho. Elas podem trocar, e isso ocorre bastante com as demais empresas. Mas é raro alguma afiliada largar a Globo, porque a programação dela é melhor em termos de público.
Convenhamos que são poucos os lugares que só pega a Globo em termos populacionais. A maior parte da população brasileira tem a opção de assistir a Globo ou não e prefere assistir conscientemente. Em algumas ocasiões, quando outras emissoras criaram produtos que o público gostou (sendo bons ou não), superaram a audiência da Globo.
Eu quase não assisto canais de TV, mas o pouco que assisto é a Globo, mesmo tendo várias opções para escolher. Mas se os Jogos do Corinthians passarem em outro canal, é óbvio que vou assistir ao jogo do Timão, em vez de ver outro jogo só porque está passando na Globo.
em Bate-Papo da Torcida > [Foto] O dia em que o Mundo parou para ver nosso Templo Sagrado
Em citação ao post:
Não há como conjecturar se seria pior ou melhor com outro(s) grupo(s) de mídia com o mesmo poder que o deles. O cerne da questão é que apenas um grupo tem tanto poder, sem dúvida gera diversas distorções. Existem alguns lugares deste país continental que não há sinal de nenhuma outra emissora. E será que há envolvimento do poder estatal nisso? Quantos os grandes veículos recebem para veicular anúncios de governos e estatais? Lembrando que a concessão do sinal é pública, logo o setor público concede e paga (e caro) para anunciar no serviço concedido. Concordo, apenas em partes, quando alguns dizem que o controle remoto é quem determina o que você assiste, desde que você tenha opções. Isso envolve muitos assuntos, concessões de rádio e TV para políticos e familiares, possibilidade de retransmitir o sinal e a sordidez de relações promiscuas se perpetuam...