Flavio Leite
Gosto muito de Carille, porém, sua falta de visão tático/ofensiva (o que caracteriza 99% dos técnicos brasileiros) pesou muito neste primeiro confronto com nosso rival.
O Corinthians tem tocado a bola muito lentamente, isso já vem de um histórico recente, e neste jogo ficou latente essa atitude (falta) errada do time com a bola. O time precisa tocar a bola mais rápido, acelerar mais o jogo. Ponto!
Na volta do 2° tempo, o técnico deles tirou seu centro-avante e colocou um volante para repor seu sistema defensivo após a expusão de Felipe Mello. Eles ficaram sem ninguém para incomodar nossa saída de bola, além de perderem muito sua força no contra- ataque. Era o momento de acelerar o passe, tirar um volante, de preferência Gabriel, que não sabe fazer um lançamento, ou um toque em profundidade, colocar um homem de referência na frente, para prender os zagueiros e quem sabe um volante, na área deles, e sobretudo tentar aproveitar as bolas espirradas ou lançadas na área.
Emerson e Rodriguinho, que em teoria seriam nossos jogadores mais adiantados, voltavam constantemente para tocar e receber ou tentar armar as jogada. Jogamos, até a entrada de Danilo, no final do jogo, sem essa referência. Isso jogando em casa, perdendo o jogo e o time deles com postura excessivamente defensiva.
Nosso Corinthians foi tão apático, que mesmo quando o adversário já tinha realizado duas substituições e Bruno Henrique e Dudu pediam simultaneamente para serem substituidos, seja por lesão ou cansaço, não aceleramos o jogo, não fizemos pressão, não fomos pra cima com vontade, com sangue nos olhos.
Jadson faz muita falta, seja em jogadas de bola parada ou articulando jogadas.
Para o próximo jogo temos que entrar em campo com a frieza que nos caracteriza, porém com grande dose de ousadia. É sangue nos olhos, é tapa na orelha!
em Análise dos jogos > Pós jogo Corinthians x Palmeiras, por Flavio Augusto