Marcelo Rodrigues
Amigos venho mostrar a vocês uma crônica, uma reflexão e uma homenagem! A crônica fala brevemente sobre dois dos nossos maiores ídolos: Rivelino e Luisinho o pequeno polegar!
A crônica fala de uma maneira tão bem escrita sobre esses dois, que me pego a pensar nos rumos do Jornlismo de hoje em dia! Ao invés de exaltar os jogadores, ficam criando picuinha, fazendo fofocas e contandk mentiras. Para quem gosta de ler e um privilégio um testo tão bem escrito como esse do JORNALISTA RAUL DREWNICK.
Três craques e um drible
Tive grandes ídolos na infância. Nenhum foi maior que Luizinho, o Pequeno Polegar. Ele era a alegria incomparável dos meus domingos. A paixão que tenho até hoje pelo futebol nasceu dele, dos pés dele, da sua magia. O que Charles Chaplin, o Carlitos, fazia no cinema, Luizinho repetia no Pacaembu. Arte pura, divina molecagem. O que devo a Carlitos jamais conseguirei pagar, mas a lembrança que trago agora à tona talvez possa diminuir minha dívida com Luizinho. É, mais que uma homenagem, uma obrigação que imagino ter, como jornalista.
Quando eu era um menino no meu querido bairro do Jardim da Saúde, meu sonho - e o de quase todos os outros garotos que jogavam bola na rua - era ser Luizinho. Eu me esforçava para imitá-lo em tudo, principalmente num drible que só ele sabia dar, e que a imprensa esportiva chamava de desconcertante. Tínhamos treze, catorze, quinze anos e nos achávamos craques. Mas o craque, mesmo, era um menino três ou quatro anos mais novo que nós, um japonesinho chamado Sérgio Etigo. Também fã de Luizinho, ele tentava, como nós, dar o drible que só Luizinho dava.
O mundo e a vida me levaram para longe do Jardim da Saúde. Nunca mais vi Sérgio Etigo. Soube, depois, que ele fez carreira no futebol, foi jogar no Corinthians e teve a glória de ensinar ao grande Rivelino um drible ao qual o Garoto do Parque viria a acrescentar um toque de genialidade.
E que drible era esse que Sérgio Etigo ensinou a Rivelino? Digo, como humilde testemunha da história, que foi o drible que Sérgio aprendeu com Luizinho. Digo e sinto o mesmo arrepio que sentia todo domingo, na década de 50, sentado na geral do Pacaembu. Obrigado, Luizinho. Obrigado, Sérgio. Obrigado, Rivelino. Eu agradeço. O futebol agradece.