Orgulhoso. É assim que Tite se sente com o desempenho de Fábio Carille no comando do Corinthians. Nesta quarta-feira, o técnico da Seleção Brasileira não economizou nos elogios ao seu ex-auxiliar. Na sua visão, o trabalho do atual comandante do Timão é autoral, e não pode ser visto como uma continuação do que fez no Parque São Jorge.
"Ele é merecedor de todos os elogios que vem recebendo, ficam falando de discípulo, discípulo... não tem nada a ver. Isso é fruto de um trabalho grande, próprio. Nós trocamos informações, ele me ajudou muito a crescer, nós nos ajudamos, o Corinthians nos ajudou. Ele com essa oportunidade, com a passagens de outros técnicos, tenha dado uma segurança grande", afirmou Tite, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes.
"Quando tem confiança e segurança, além do respaldo do Alessandro (Nunes, gerente), do presidente (Roberto de Andrade), tu fica com uma situação mais natural de desenvolver o trabalho. Ta aí, fazendo tudo que ele está fazendo com todo o mérito", completou o treinador, que está na Rússia para acompanhar a Copa das Confederações, e definir a logística da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2018.
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Na sequência, Tite foi questionado se o clube tem na figura de Osmar Loss um possível substituto de Carille no futuro. O treinador da Seleção Brasileira evitou falar especificamente sobre o atual auxiliar, e sim, de uma postura e organização do Corinthians em si.
"O Corinthians tem uma coisa que é importantíssimo, que é fundamental, que é essencial num grande clube: ele potencializa o material humano que ele tem, ele valoriza e qualifica os profissionais. Eu falo isso porque me sinto à vontade, me sinto com orgulho quando um garoto da base é lançado e se afirma, exemplo do Arana. A gente cria um carinho grande. E, quando profissionais que são oriundos da base, ou que são dentro do próprio clube, são qualificados e valorizados. Essa é uma mesma ideia do Edu (Gaspar, ex-gerente), do presidente, que vem sendo colocada há alguns anos", lembrou.
"O Cléber (Xavier, seu auxiliar no Corinthians e na Seleção) está 15, 16 anos como auxiliar-técnico. Quando eu vim para o Corinthians, ele alternava momentos de ficar no banco, com o Fábio Carille, com o Sylvinho, com o Dellamore, eu também tinha a chance de oportunizar aos profissionais para crescerem. Dá uma experiência forte isso", completou.
Cássio na Seleção Brasileira
Por fim, Tite falou sobre a possibilidade de chamar Cássio para a Seleção Brasileira. O atual comandante da Amarelinha evitou entrar em maiores detalhes, não quis adiantar nada e ainda preferiu ser mais político sobre o assunto, ao citar outros jogadores que também estão em boa fase no futebol brasileiro.
"Tem Cássio, tem Vanderlei (goleiro do Santos), tem Luan (atacante do Grêmio)... tem vários jogadores que estão jogando em alto nível", finalizou.
Após a atuação contra o Grêmio, o nome do corinthiano foi citado em informações sobre a Seleção . O camisa 12, porém, preferiu deixar a equipe brasileira de lado e focar no Corinthians.