Completando pouco mais de três anos desde a inauguração da Arena Corinthians, o clube do Parque São Jorge segue buscando um patrocinador para assumir os naming rights do estádio. O assunto voltou à tona nesta quinta-feira, quando o diretor de marketing do Timão, Fernando Salles, e o gerente do departamento, Vinicius Azevedo, conversaram com a Fiel em uma transmissão ao vivo no Youtube. Questionados sobre o futuro da negociação, os diretores esclareceram o projeto da busca corinthiana e as principais dificuldades de um acordo desta magnitude.
A Arena Corinthians foi finalizada em maio de 2014 e, como projetado pela diretoria do Timão, uma transação pelos naming rights do local poderia render R$ 400 milhões. Desde então, apenas uma negociação foi admitida pela direção corinthiana, com uma companhia do Qatar. Um acordo pelo nome do estádio alvinegro poderia aliviar a dívida do clube pelo estádio, que atinge R$ 985 milhões , segundo o presidente Roberto de Andrade. Contudo, a situação econômica do Brasil segue como principal entrave na situação.
“Na verdade, a dificuldade de fechar um patrocínio desse tamanho é, não só o valor, mas também o prazo, que você tem que administrar. O plano é comercializar em 20 anos e quem consegue, hoje, ter a segurança de assinar um contrato para esse tempo? Então, a própria conjuntura de economia e política que passa o país dificulta um pouco, mas, mantemos conversas com empresas estrangeiras e em algum momento vamos acertar essa questão. Mas é algo que demora e é um pouco mais complicada”, projetou com otimismo o diretor de marketing do Corinthians, Fernando Salles.
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Seguindo a linha do diretor de marketing, Vinicius Azevedo detalhou o tipo de negócio que o Corinthians procura em relação aos direitos de nome da Arena em Itaquera. Assim como diversos projetos alvinegros, que procura trazer ao torcedor uma experiência a mais enquanto acompanha uma partida do Timão, a ideia da direção corinthiana é agregar o patrocinador ao ambiente do estádio.
“Uma coisa interna que se acredita muito é que, muito mais do que um projeto de marca, o que deve ser buscado é algo que transforme a Arena em uma plataforma de negócio. Então, se for uma montadora de carros, por exemplo, porque não transformar a Arena em uma concessionária, com serviços de revisão, test drive, centro de inovação, um laboratório, enfim, uma série oportunidades que justificariam o investimento além da verba de marketing”, comentou Vinicius, gerente marketing do Timão.
“Os projetos que tem saído daqui para rua vão nessa linha. Muito mais do que colocar o nome na porta, mas transformar em um ambiente, uma atmosfera que permita o visitante ter contato com aquela marca que investe no estádio. Essa tentativa segue também nos patrocínios, principalmente no máster. Algumas propostas em aberto, mas não abrimos para torcedor e nem para imprensa porque sempre que saem matérias atrapalha bastante a gente. Então a ideia é sempre trabalhar e só divulgar algo oficial. Alguns patrocinadores atuais já nos procuram para renovar para o ano que vem e isso para nós é um orgulho”, completou.