O Corinthians vem sendo envolvido nas últimas semanas em algumas polêmicas extracampo envolvendo supostos calotes ligados à Arena, em Itaquera. O presidente Andrés Sanchez, contudo, minimiza as recentes cobranças judiciais das quais o clube tem sido alvo.
Em entrevista concedida no fim de noite da última quarta-feira, após a derrota do Corinthians para o Independiente del Valle , do Equador, na Arena, pela semifinal da Copa Sul-Americana, Andrés Sanchez relativizou os processos que o clube tem sofrido recentemente.
"Infelizmente quando acontece uma coisa dessas (Caixa), muitas outras vem atrás. Todos os clubes do Brasil e todas as empresas têm processo, porque pagou ou não. Isso faz parte, a Caixa está no jurídico, vamos esperar", declarou o mandatário alvinegro.
Somente nos últimos dias, tornaram-se públicos os seguintes problemas judiciais ligados ao Corinthians e também ao estádio de Itaquera:
- Execução de dívida do Corinthians para com a Caixa Econômica Federal , pelo empréstimo do BNDES para construção da Arena, na casa dos R$ 500 milhões em valor atualizado com juros, correção monetária e desconto dos quase R$ 180 milhões já pagos pelo fundo do estádio;
- Cobrança de R$ 48 milhões também da Caixa relativa a atrasos na atual temporada no pagamento de parcelas do financiamento da tal dívida com o banco estatal;
- Processo de R$ 5,2 milhões em nome da empresa Tejofran , que prestava serviços de limpeza, manutenção predial e segurança à Arena Corinthians até agosto do ano passado e alega calote por parte do clube em parcelas da última temporada de contrato vigente;
- Processo de R$ 300 mil em nome do artista responsável por uma estátua do ídolo Sócrates , exposta de forma supostamente indevida na Arena Corinthians durante jogo do Timão.
Talvez única notícia positiva nesses últimos tempos relacionadas às contas do Corinthians, a quitação da dívida com a Odebrecht também tem sido colocada em xeque. Um dos principais grupos de oposição do clube atualmente, o Movimento Corinthians Grande acusa Andrés Sanchez de mentir tanto sobre o acordo com a construtora quanto sobre os acordos verbais que teriam sido feitos recentemente com a Caixa. O presidente negou tais acusações .
Especificamente sobre os atritos jurídicos com a Caixa, que podem ter relação com jogadas políticas de acordo com teorias que circulam no Parque São Jorge , Andrés bate o pé: "Vai ter um acordo, mas do jeito que a gente quer", afirmou, também na última quarta-feira.