Parte do elenco campeão do Brasileirão de 2015 e essencial na conquista de 2017, Rodriguinho chegou no Corinthians bem antes, ainda em 2013. E o caminho do meia para desembarcar no CT Joaquim Grava não foi dos mais simples, assim como sua trajetória no próprio clube.
Destaque no América Mineiro, ele recebeu uma proposta do Al-Sadd, do Qatar, e tinha tudo acertado para deixar o Brasil. Já liberado pelo clube de Minas Gerais, ficou em casa aguardando detalhes para ir embora. Os árabes, porém, demorar a cumprir suas obrigações e o negócio acabou não indo para frente, abrindo caminho para o Timão.
"Passei um mês em casa esperando, e eles não mandavam a passagem, não mandavam o visto, diminuíram a proposta para o América-MG, queriam diminuir a minha proposta. Começou toda essa confusão. Então, eu falei: 'Não quero mais ir para lá. Já cansei disso'. Voltei a treinar separado, porque também não tinha mais cabeça para jogar no América-MG. Aí apareceu a proposta do Corinthians, era o Tite o treinador", disse ao UOL Esporte.
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Com o contato do Timão, então, Rodriguinho parecia ter seu futuro definido. A situação de Tite, porém, não era das melhores. Ciente de que era um desejo do treinador, o atleta temeu pelo acerto após goleada sofrida pela equipe alvinegra.
"Eu lembro até hoje: o Tite perdeu uma partida para Portuguesa por 4 a 0, e falavam que ele iria embora do Corinthians. Eu estava assistindo ao jornal esportivo em casa e falavam: 'Tite vai cair, não vai cair'. Eu já entrei em desespero porque era ele que me queria lá, já tinha falado com ele, inclusive, por telefone. Se chegasse outro treinador, não sei o que poderia acontecer, já estava tudo certo com o Corinthians", relembrou o meia.
"Eu fiquei muito aflito em casa. Felizmente, os próprios jogadores o seguraram. Passou uma semana e eu cheguei ao Corinthians numa fase bem conturbada. Era uma equipe muito vencedora, mas que passava uma dificuldade naquele momento", completou.
Em setembro de 2013, então, Rodriguinho chegou ao Timão e demorou a se firmar. Tanto que, no ano seguinte, foi emprestado ao Grêmio e ao Sharjah até voltar para enfim corresponder. Ao todo, são 175 partidas, com 35 gols marcados e quatro títulos: Paulistão 2017 e 2018, e Brasileirão de 2015 e 2017.