O Corinthians enfrenta dificuldades tanto dentro quanto fora de campo, e o cenário da equipe começa a preocupar os torcedores. Em meio a uma enxurrada de críticas da torcida a Tiago Nunes, o presidente alvinegro, Andrés Sanchez, admitiu a possibilidade hipotética de trabalhar com Rogério Ceni no futuro e relembrou o passado com Fábio Carille.
Hoje treinador, Rogério Ceni foi goleiro e ídolo no rival São Paulo. Apesar disso, o presidente corinthiano reconhece a qualidade do agora técnico e revelou que o contrataria para comandar a equipe do Parque São Jorge.
"Sem problema nenhum (contrataria). Vai ser um dos melhores treinadores do Brasil. É uma grande pessoa, não é mais atleta. Ele sempre respeitou o Corinthians, nunca ofendeu ou tirou sarro, como alguns já fizeram. Não teria nenhum problema de contratá-lo, não", admitiu em entrevista no programa Aqui com o Benja.
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Durante a entrevista, outro treinador foi citado: Fábio Carille. Com duas passagens pelo comando da equipe, o profissional já foi bastante contestado, também pelo seu estilo de jogo, mas conquistou quatro títulos - Brasileiro em 2017 e Paulista em 2017/18/19.
Apesar do sucesso que teve na equipe, o final do trabalho de Carille foi conturbado e contestado. Sobre isso, o presidente corinthiano foi duro e admitiu que problemas pessoais entre eles pesaram na saída do treinador ainda no decorrer do Brasileirão do ano passado.
"Se eu abrir a boca por que ele saiu, ele nunca mais trabalha no futebol. Ele sabe onde errou. Mas o tempo vai dizer, qualquer dia eu falo a verdade para todo mundo saber quem ele é... Sou o cara que mais ajudou ele, o cara que brigou para colocar ele de treinador, mas as pessoas mudam quando têm 10 milhões na conta. E ele mudou muito para o mal. Não quero falar agora o que penso, mas qualquer hora vou ter que falar. Ninguém é santo nessa história, ele sabe onde errou", disse o mandatário.
"Eu tenho um problema pessoal seríssimo com o Carille. É um problema pessoal, que influencia no clube. Porque não tem como não misturar as coisas. Eu fui o primeiro a ajudá-lo, mas as pessoas mudam muito quando ganham dinheiro. E, infelizmente, o Carille mudou para muito pior", completou.
É importante lembrar que o mandato de Andrés Sanchez na presidência do Corinthians chega ao fim em novembro. A situação já confirmou que Duílio Monteiro Alves será candidato pela chapa nas eleições marcadas para o mesmo mês.
Valorizando o trabalho nacional
O presidente foi questionado, também, sobre a possibilidade de trabalhar com técnicos do exterior. Após relembrar a experiência que teve com Daniel Passarella, em 2005, Andrés admitiu que dificilmente o faria.
"Depois da experiência que eu tive com o Passarella, é quase impossível. Não toparia, não. Temos grandes treinadores no Brasil. O Vanderlei (Luxemburgo) não desaprendeu, o Mano, o Abel, o Carille. Podem estar num momento não muito bom, mas todos são vencedores", pontuou.