Ex-atacante e ídolo do Corinthians, Dinei relembrou a sensação de entrar no Maracanã na final do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, contra o Vasco da Gama. O ex-jogador foi opção no banco de reservas na decisão, que foi vencida pelo Timão por 4 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal e prorrogações.
Dinei foi um dos nomes representando o Corinthians na entrevista coletiva antes do jogo festivo entre o time alvinegro e Real Madrid , nesta sexta-feira, dia do aniversário de 113 anos do clube do Parque São Jorge. O ex-atleta exaltou a festa da torcida corinthiana no Maracanã, que no entendimento dele “calou” os adeptos vascaínos, e definiu o momento como a segunda invasão corinthiana no estádio.
"Teve a invasão, em 1976, e eu acho que essa foi a segunda invasão da torcida do Corinthians no Maracanã. Foi a coisa mais linda que eu vi, pois em 1976 eu era muito pequeno e não lembro, só vejo por vídeo. Mas o que nós presenciamos no Maracanã e o que a torcida do Corinthians fez… Quando a gente saiu do hotel, passando na orla da praia, você só via a torcida do Corinthians na orla. O que a torcida do Corinthians fez… foi 50 a 50 com a torcida do Vasco. Os corinthianos calaram a torcida do Vasco e aí que começou o ‘Todo Poderoso Timão’. Foi um espetáculo e aquilo me emocionou muito, ali parecia que estávamos jogando em casa, no Pacaembu", contou.
Cerca de 73 mil pessoas acompanharam a decisão entre Vasco e Corinthians no Maracanã, sendo aproximadamente 30 mil formada por corinthianos.
No Mundial, Dinei disputou os três jogos da fase de grupos, incluindo a partida histórica contra o Real Madrid , mas em todos foi opção do técnico Oswaldo de Oliveira para o segundo tempo e não balançou as redes no torneio. Embora ele tenha sido relacionado para a decisão contra o Vasco, assistiu do banco de reservas o primeiro título do Corinthians na competição.
A invasão corinthiana de 1976
A invasão corinthiana de 1976 foi um evento histórico no futebol brasileiro e mundial. Cerca de 70 mil torcedores do Corinthians saíram de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro para acompanhar a semifinal do Brasileirão daquele ano contra o Fluminense, no Maracanã.
O clube carioca entrou em acordo com a diretoria corinthiana na época, presidida por Vicente Matheus, para disponibilizar uma quantidade massiva de ingressos para a torcida do Corinthians. Entretanto, Francisco Horta, presidente do Fluminense na época, liberou 70 mil entradas para o time alvinegro, acreditando que a Fiel não fosse capaz de lotar as arquibancas do Maracanã.
Entretanto, com público pagante registrado de 146.043 torcedores - metade composta pela Fiel -, o Corinthians empatou em 1 a 1 contra o Fluminense e levou a decisão para os pênaltis, vencida pelo Timão por 4 a 1 .
A repercussão da invasão corinthiana foi tão grande que o Internacional - rival do Corinthians na final do Brasileirão - dificultou a compra de ingressos para o time alvinegro na decisão. As autoridades gaúchas ainda bloquearam as estradas do estado para dificultar mobilidade de torcedores corinthianos pelo país. O Timão foi derrotado por 2 a 0 e ficou com o vice-campeonato da competição.