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Um dia diferente e especial, apesar da derrota
Julia Raya

Estagiária do Meu Timão e estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo-SP. Tem 17 anos e é corinthiana há 18. Sempre viveu com o Corinthians e agora trabalha com ele também.

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Um dia diferente e especial, apesar da derrota

Millene marcou o gol do Corinthians na derrota para o Santos, em 2019

Foto: Bruno Teixeira/Ag. Corinthians

No dia 21 de março de 2019 fiz meu primeiro jogo in loco pelo Meu Timão. Acompanhei Corinthians e Santos pelo Brasileiro Feminino na Fazendinha e, bom, vocês já devem saber o que aconteceu. As corinthianas saíram atrás no placar e buscaram o empate, mas infelizmente não conseguiram evitar a derrota por 2 a 1.

Eu, como torcedora, sempre fui bastante envolvida com a equipe feminina, e desde esse dia o envolvimento só aumentou. Como estagiária aqui no Meu Timão, acompanho bastante todos os jogos de todos os esportes e categorias e, assim, pude ver e viver de perto a boa fase e o time forte que o Corinthians construiu a partir daquele dia 21.

A verdade é que eu não imaginava tudo que viria pela frente para a equipe feminina do Corinthians.

Desde então foram 48 jogos de invencibilidade entre Brasileiro 2019 e 2020, Libertadores 2019 e Paulista 2019, com títulos no estadual e na Libertadores, e o vice do Brasileiro. Das 48 partidas, foram 45 vitórias e apenas três empates. Foi uma temporada de muito sucesso para as meninas, que entraram para o Guinness, bateram recorde de público da modalidade no Brasil e foram citadas pela FIFA algumas vezes. E eu fui criando um laço afetivo bem forte com a equipe.

No dia 15 de setembro acompanhei minha primeira entrevista coletiva, também com a equipe feminina, e no dia 16 de novembro trabalhei direto da Arena na final do Paulista, com direito a mais uma entrevista coletiva e zona mista - falei um pouco sobre esse momento em outra coluna.

Guardo cada um desses momentos e os 50 jogos com muito carinho - aqui, entra na conta a derrota de hoje. Cada um deles foi uma experiência diferente e muito boa. Mas hoje, durante a derrota, passei por sentimentos diferentes.

Como já falei, comecei minha trajetória com uma derrota, mas desde então só vi resultados bons da equipe feminina. Eu cresci enquanto o time feminino também crescia. Era bastante tranquilo assistir aos jogos, o ataque dava conta do recado e a defesa era sempre muito segura - obviamente o Timão sofria gols, mas não era algo muito comum (foram 20 tentos sofridos desde a derrota para o Santos, sem contar os dois gols do São Paulo de hoje).

Hoje foi diferente. O Timão se esforçou, lutou, o ataque criou oportunidades e a defesa segurou as adversárias em várias oportunidades. Mas os gols não foram evitados. Apesar de buscar o resultado, as corinthianas pareciam um pouco perdidas em campo e não fizeram uma boa partida. Foi, realmente, um dia atípico. Pela primeira vez, eu fiquei nervosa com as chegadas das adversárias ao gol.

Obviamente a sequência invicta não seria eterna. E está tudo bem. Só posso agradecer por cada momento, inclusive pela derrota.

A questão é: a equipe feminina do Corinthians fez história. E fez muito da minha história também.

Veja mais em: Corinthians feminino.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Julia Raya

Estagiária do Meu Timão e estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo-SP. Tem 17 anos e é corinthiana há 18. Sempre viveu com o Corinthians e agora trabalha com ele também.

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