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Como jogam as equipes de Dyego Coelho, técnico interino do Corinthians
Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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Como jogam as equipes de Dyego Coelho, interino do Corinthians

Coluna do Luis Fabiani

Análise de Luis Fabiani

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Como jogam as equipes de Dyego Coelho, interino do Corinthians

Treinador Coelho durante vitória sobre o Athletico-PR, pela Copinha 2020

Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Quem acompanhou de perto os treinos de Coelho à frente da equipe profissional em 2019 diz que a intensidade era a principal característica de suas atividades. O treinador bate muito na tecla de uma equipe que corra o tempo todo, com linhas altas, jogo vertical e muita pressão para induzir o erro do adversário.

Na imagem a seguir, podemos ver um pouco dessa tal pressão. O Corinthians aglomera jogadores para sufocar a saída de bola do adversário, ocupando totalmente o campo ofensivo e não deixando com que os jogadores adversários tenham liberdade para sair jogando.

Corinthians de Dyego Coelho pressionando o adversário

Corinthians de Dyego Coelho pressionando o adversário

Premiere

A marcação do Corinthians se inicia a partir da saída de bola do adversário. Os atacantes fecham os zagueiros e os meias e volantes são responsáveis por fechar a saída adversária pelo meio, como podemos ver claramente na imagem. Feito isso, o Corinthians é muito forte na pressão em cima do portador, sempre buscando criar superioridade no setores e encaixotar os jogadores adversários para retomar rápido a posse (conforme ilustrado abaixo)

Corinthians aglomera jogadores em um espaço pequeno do gramado

Corinthians aglomera jogadores em um espaço pequeno do gramado

Premiere

Adepto da famosa "saída de 3", o treinador variou muito o trio responsável pela saída de bola. Se pegarmos como exemplo a partida contra o Avaí em 2019, Avelar foi usado como o 3° homem de saída (o que tende a se repetir nessa segunda passagem pela equipe profissional). Nas partidas contra Internacional e Botafogo, tivemos sempre essa saída feita usando um volante. Contra o Internacional na primeira etapa, tivemos Ralf bem fincado na linha defensiva, sendo de fato um terceiro zagueiro.

Saída em três, com um volante entre os beques

Saída em três, com um volante entre os beques

Premiere

Outro ponto importante é a profundidade gerada pelos laterais, mais precisamente por Fagner. No vídeo abaixo, conseguimos ver bem a defesa sendo sustentada por Avelar sendo terceiro zagueiro enquanto Fagner está muito espetado gerando profundidade, empurrando o adversário para trás.

Em fase ofensiva, temos muitas variáveis, como na partida contra o Botafogo onde o Corinthians atuou com os dois laterais gerando profundidade, com Ramiro, Gabriel e Urso na trinca de meio, enquanto Avelar e Fagner atuavam espetados .

O "2-3-5" do Corinthians de Coelho na fase ofensiva

O "2-3-5" do Corinthians de Coelho na fase ofensiva

Premiere

Os pontos negativos de Dyego Coelho muitas vezes são suas maneiras de executar ideias. Contra o Internacional em 2019, a saída com Ralf fincado entre os zagueiros inexistiu, e o Corinthians pouco conseguiu produzir a partir da saída. Isso foi alterado no segundo tempo, como já comentamos acima, com a saída de Ralf e com Junior Urso se tornando o primeiro volante, tendo auxílio de Sornoza na saída de bola.

Outro ponto negativo são as transições defensivas. Por jogar com a linha alta e buscando marcar o adversário dentro do campo de ataque, o Corinthians tem sérios problemas nas transições defensivas, dando espaço para os contra-ataques adversários quando conseguem sair da pressão. Isso é um problema gigantesco em um time de zagueiros lentos como é o Corinthians. Não vou me surpreender se Bruno Méndez ganhar a titularidade com o passar dos jogos.

Veja mais em: Dyego Coelho.

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Por Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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