Força garoto !!
Opinião de Marco Bello
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Quando se trabalha dentro do mundo do futebol, a gente deixa um pouco de torcer para instituições, que são frias e impessoais, e passa a torcer por pessoas, de carne e osso.
Como eu convivo com as pessoas do Corinthians desde 2009, quando comecei a frequentar o dia-a-dia do clube, tem muita gente lá dentro que tem meu respeito e admiração.
Alguns, vi crescerem na profissão. Alguns já chegaram prontos.
Há, claro, muita gente ruim também, e por essas não tem como torcer. Nem querendo muito.
E há pessoas como o Guilherme Mantuan, por quem eu torço demais.
O hoje lateral-direito chegou ao Corinthians com 7 anos de idade, em 2004. Jogava futsal e era meio-campista.
Mesmo quando passou a jogar no campo, continuou atuando no meio. Virou lateral só no final da passagem pelas categorias de base, e seguiu assim entre os profissionais, onde está desde 2017.
Sempre foi um líder. A principal característica positiva que todos que conviveram com ele sempre se lembram é a personalidade.
Mais um motivo para entender o que é ser jogador profissional. A responsabilidade de vestir a camisa do time de cima. Mesmo alguém como ele sente. E está sentindo.
Não precisa dizer que vestir essa camisa é um sonho antigo. A família de Mantuan vive no Corinthians e vive O Corinthians.
O irmão e a irmã, mais novos, são atletas do clube, como noticiado já aqui no Meu Timão.
Criticar as falhas, apontar defeitos, até dizer que o atleta não tem futebol para jogar no profissional, são atitudes legítimas.
O torcedor tem até o direito de extrapolar um pouco. Torcedor é paixão pura.
Mas crucificar o garoto, destruir uma carreira de 15 anos dentro do clube por uma derrota, não acho correto.
Como disse no começo do texto, as instituições são frias. As paredes do vestiário não te elogiam quando você acerta, não criticam quando você erra.
Quem faz o Corinthians são os torcedores.
E cabe a eles neste momento definirem o futuro de um ser humano que tem defeitos, virtudes, emoções, família e coração. E coração corinthiano.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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