Bolachas, cafezinhos e passagens aéreas nas eleições do Timão
Opinião de Marco Bello
5.5 mil visualizações 112 comentários Comunicar erro
Com a aproximação das eleições no Corinthians, os candidatos aumentaram os esforços para reunir apoio dos associados votantes.
Não apenas os candidatos à presidência, mas também os membros das “chapinhas” candidatos ao Conselho do clube.
Reuniões realizadas dentro e fora do Parque São Jorge, com "cafés e bolachas" à vontade. Quase sempre com a presença dos candidatos, estes encontros são financiados por simpatizantes, amigos, familiares ou pelo próprio postulante ao cargo.
E com o advento poderoso das redes sociais como arma de informação e difusão de notícias, um novo elemento está sendo disputado pelos presidenciáveis: os formadores de opinião da internet.
A coluna teve acesso às listas de convites de algumas destas reuniões, e quase sempre estavam nelas algumas “arrobas de twitter” e “páginas de facebook” com muitos seguidores na rede virtual.
Alguns recados foram feitos de maneira direta, como “quero seu apoio”, outros mais indiretos, “venha conhecer os projetos do candidato”.
Alguns destes convites, no entanto, foram feitos a personalidades do mundo virtual que moram inclusive fora do Estado de São Paulo, em outras capitais do país, como Brasília e Goiânia. Com passagens aéreas pagas.
No momento em que a transparência das candidaturas é fator primordial para os sócios, é perigoso que aconteça uma “aquisição de aluguel” destas arrobas influenciadoras por este ou aquele candidato.
Algumas perguntas ficam no ar: de onde sai exatamente o dinheiro para trazer pessoas até de fora do Estado para uma reunião. Qual a garantia de isenção das opiniões dos influenciadores presentes?
É claro que a simples presença de uma pessoa dona de uma página na internet em uma reunião de candidato não quer dizer que esta pessoa tenha recebido dinheiro ou que vá apoiar ou publicar notícias favoráveis a ele. É perfeitamente legítimo que as pessoas queiram ter um contato maior com as eleições.
Há jornalistas também na mesma categoria. Convidados para estas “reuniões”, alguns profissionais (como este que escreve) recusaram respeitosamente o convite, outros não. Houve influenciadores que também recusaram "tal mimo".
A questão fundamental é que se deixe claro como estas reuniões acontecem e/ou são financiadas. Há pagamento pelas publicações posteriores? Qual a imparcialidade de quem tem passagem de avião paga por candidato?
O sócio do clube e o torcedor corinthiano em geral tem que ficar bastante atento ao fato.
Em tempos de “Fake News”, “campanhas difamatórias patrocinadas” contra pessoas ou empresas, opiniões sobre tudo e sobre todos flutuando na rede, é necessário diferenciar o que é natural e o que é tentativa de manipulação.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Marco Bello
- Por que o Corinthians deve perder Jemerson para o Atlético Mineiro
- Jonathan Cafu: o outro lado da moeda
- Corinthians pode ter até 21 atletas da base utilizados no Campeonato Paulista; veja quais
- Corinthians destemido é melhor que time medroso
- Atacante do Athletico pode ser o primeiro reforço do Corinthians em 2021
- O Corinthians tem um campeonato à parte pela frente