Corinthians-BMG. Se der errado, a culpa será minha. E sua.
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Há algum tempo, escrevi neste espaço o artigo“Esqueçam o naming rights da Arena".
Nele eu explicava a dificuldade para o clube conseguir parceiros capazes de auferir contratos de peso. Afinal, grandes empresas têm políticas de compliance, cultura em que credibilidade e transparência são inegociáveis.
O atual grupo que comanda o clube padece de credibilidade e carece de comunicação corporativa (outro tema sobre o qual insisto. Não basta ter assessor de imprensa para agendar coletivas, mas é preciso uma política de comunicação institucional, corporativa e estratégica).
Em meio a isso tudo, o clube anunciou uma parceria que prometia ser revolucionária. Em linhas gerais, passou-se a ideia de que o Corinthians, de clube “quebrado”, passaria a ser sócio de banco.
Só que Andres e Rosenberg se esqueceram que a onipresença das redes sociais torna cada vez mais atual aquela frase bíblica: “não há nada de oculto que não venha a ser revelado”.
Os tais 30 milhões de reais, valor subentendido que seria o do patrocínio máster da camisa por ano (preço razoável), seria na verdade um adiantamento.
O valor mínimo, a partir do ano que vem, não será de 30, mas de apenas 12 milhões.
Para que o clube ganhe valores maiores (ou bem maiores) a torcida terá que se engajar, comprando os produtos financeiros do Corinthians-BMG.
O pulo do gato da diretoria é este. Se der certo, a ideia será genial, inovadora. Se der errado, a culpa será sua, torcedor, que não comprou os produtos, não colaborou com o clube. “Fizemos nossa parte, mas a torcida não comprou a ideia”,
Mas a Fiel é a Fiel. Acredito que é bem provável batermos as metas. Mas que nos contaram uma meia verdade, contaram.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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