É bom voltar a agir como se fôssemos a quarta força
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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No início da temporada, a mídia “especializada”, analisando os elencos de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, elegeu o Timão como a quarta força entre os grandes.
Por mais que Carille desminta, ser rotulado como “quarta força” turbinou o elenco.
Os ótimos vídeos da TV Corinthians, que mostra os bastidores antes dos jogos, revelaram isso. Em vários deles, vemos jogadores como Jô, Fagner e Cássio, citando, nas preleções, frases como: “ninguém acreditava em nós”.
A equipe ganhou o Paulistão e fez campanha sem precedentes no primeiro turno do Brasileiro. Isso parece ter feito o elenco tirar as sandálias da humildade. A equação soberba + acomodação é = a queda de rendimento.
Essa equação foi elevada ao quadrado quando a boleirada olhou a tabela e viu que enfrentaria Vitória, Chape e Atlético GO.
Além disso, a turma ficou duas semanas sem jogar, vendo e ouvindo que “o campeonato acabou”, que “o Corinthians já é campeão, etc.”
Como humanos que são, mesmo que sem querer, os jogadores baixaram um pouco a guarda.
A perda de seis pontos em casa, obrigaria o time a buscar recuperação na Vila.
Talvez a derrota do Grêmio, na véspera, tenha elevado o grau de sonolência do time.
Fato é que para o time praiano, enfrentar o Corinthians é sempre o jogo da vida. E os corinthianos deveriam se comportar com a mesma pegada. Não foi o que aconteceu.
O Timão foi apático, com vários jogadores abaixo do que se espera e do que apresentavam no primeiro turno.
Jadson (voltou mal depois da contusão), Fagner (seleção subiu à cabeça?), Pablo (será que a novela fica-não-fica mexeu com ele?) e Rodriguinho, para não citar mais.
Para a felicidade geral da nação, acumulamos muita gordura. Haja lipoaspiração para perdermos essa folga. Mas é bom baixar a bola e voltar a jogar como se fôssemos a quarta força. Com muito foco e superação.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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