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Um protesto acima do tom, uma nota oficial abaixo da crítica... Corinthians se autoflagela
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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Um protesto acima do tom, uma nota oficial abaixo da crítica... Corinthians se autoflagela

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Opinião de Rodrigo Vessoni

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Um protesto acima do tom, uma nota oficial abaixo da crítica... Corinthians se autoflagela

Muros e portões da sede social do Corinthians foram pichados na madrugada de quarta-feira

Foto: Arquivo Pessoal / Rafael Montaguini

As últimas horas do Corinthians foram marcadas por um protesto acima do tom e uma resposta do clube, em nota oficial, abaixo da crítica. Em poucas horas, o Sport Club Corinthians Paulista sofreu uma autoflagelação.

O Corinthians não é aquele de um boneco enforcado, simulando uma morte de dirigente (seja qual for). Ameaça de morte com frases e cruzes não é a essência do esporte.

O Corinthians é pressão? Sim. É de cobrança? Sempre foi. Mas há um limite, que foi ultrapassado pelo tom do protesto na madrugada de quarta-feira. Ponto.

Porém, o que foi errado conseguiu ser piorado.

Horas depois, o clube resolveu se pronunciar em nota oficial. Ao invés de reprovar ou repudiar, com todo direito e razão, a diretoria aceitou um texto com tom desafiador. "A quem interessa isso?", perguntou o clube.

Sou setorista do clube há 16 anos. Eu, sinceramente, não lembro de um tom como esse em notas oficiais. Ao longo dos meus 41 anos, aprendi que dirigentes, jogadores e funcionários do Corinthians podem cometer qualquer tipo de erro... menos um: desafiar o torcedor.

Uma nota em tom desafiador que, na minha visão, conseguiu ser até pior do que as palavras "covardes", "patifes", "criminosos e "milicianos".

Aliás, o que foi a utilização daquela palavra "miliciano"? As notícias que lemos diariamente sobre o tema, quase sempre em situações vividas no Rio de Janeiro, nunca são para protestos de torcedores ou de qualquer grupo. O termo, normalmente, é usado para situações de diversas práticas ilegais mais pesadas do que um protesto de muro pichado.

Ano de eleição no Corinthians sempre é quente por natureza. Essa sempre foi a essência. Mas o clube não pode sofrer autoflagelação e piorar o ambiente. Simplesmente não dá.

Veja mais em: Parque São Jorge, Torcida do Corinthians e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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