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Páscoa é época de peixe e chocolate. Como isso me lembra 2005…
Ulisses Lopresti

Vinte e três anos de vida e de corinthianismo. Jornalista, trabalho no Meu Timão. Escrevo aqui e apareço no Contra-Ataque, mídia alternativa de futebol.

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Páscoa é época de peixe e chocolate. Como isso me lembra 2005…

Coluna do Ulisses Lopresti Figueiredo

Opinião de Ulisses Lopresti

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Páscoa é época de peixe e chocolate. Como isso me lembra 2005…

Tevez marcou seu primeiro hat-trick com a camisa do Corinthians no clássico

Foto: Divulgação / Corinthians

Minha primeira coluna para o Meu Timão caiu em uma data muito especial. O primeiro de muitos domingo nos quais vou dividir minhas experiências e opiniões para o site é dia da Páscoa. Diante à paralisação do futebol, reservei minha coluna de estreia para relembrar uma partida que remete a uma tradição do feriado, o chocolate.

Se um corinthiano nasceu até os anos 90, com certeza um dos jogos inesquecíveis de sua vida é o eterno 7 a 1. Hoje em dia o resultado é lembrado pelo dissabor da Seleção Brasileira contra a Alemanha na Copa de 2014. Porém, para o corinthiano, só existe apenas um resultado com esse placar em seu imaginário.

Era 5 de novembro de 2005. O Timão liderava o Campeonato Brasileiro, seguido por um rival implacável, o Internacional. Faltavam seis rodadas para o fim do campeonato. Apesar do primeiro lugar, o Corinthians vinha de duas derrotas, perdeu para o Cruzeiro por 3 a 2 e foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Pumas-MEX, em partida que terminou 3 a 0 para os mexicanos. O clássico era um divisor de águas para a equipe de Antônio Lopes, que transitava entre a calmaria e a crise a todo momento.

A partida era tão importante que o treinador optou por algumas mudanças antes do duelo. Na véspera do jogo, a equipe treinou no Pacaembu, palco da partida, ao invés dos tradicionais treinos no Parque São Jorge. Até mesmo o local onde a equipe se concentrava foi alterado, o Timão costumava se concentrar no Hotel Crowne Plaza, na Avenida Paulista, mas no dia anterior ao jogo ficou hospedado no Hotel Transamérica, na Zona Sul. Não se sabe se por logística ou superstição.

Naquele domingo, o time comandado por Antônio Lopes entrou em campo com Fábio Costa, Marcelo Mattos, Marinho, Wendel e Eduardo Ratinho; Bruno Octávio, Rosinei, Carlos Alberto e Hugo; Tevez e Nilmar. Logo no primeiro minuto, o treino na “Saudosa Maloca” pareceu ter surtido efeito. Nilmar apertou a marcação adversária e roubou a bola, Rosinei ficou com a posse, tabelou com Tevez e abriu o placar para o Timão. A vantagem não durou muito tempo, aos oito minutos, Geílson, de cabeça, empatou para o rival.

A partir daí, começa a partida mais icônica de Carlitos Tevez com a camisa corinthiana. Aos 20 minutos da primeira etapa, Rosinei passou para o argentino na pequena área que fuzilou e desempatou a partida. O segundo ato da atuação histórica foi aos trinta e seis minutos. O camisa 10 recebeu passe de Eduardo Ratinho na pequena área, girou sobre a marcação e chutou fraquinho, mas certeiro, e a bola entrou no cantinho do goleiro do Santos, Saulo. O terceiro do Timão e o segundo de Carlitos.

O segundo tempo começou com o mesmo roteiro da primeira etapa. Aos oito minutos, Tevez tabelou com Nilmar e soltou a bomba para marcar seu o quarto gol alvinegro e seu terceiro no jogo. Este foi o primeiro dos dois hat-tricks do argentino com a camisa do Timão, no ano seguinte ele repetiria o feito contra o São Bento, pelo Paulistão.

Após esse momento, Nilmar passou a assumir o protagonismo na partida. Aos 12 minutos do segundo, o atacante que já havia dado uma assistência, marcou o quinto gol corinthiano após rebote de chute de Carlos Alberto. Vinte minutos depois, Jô cruzou na área e o camisa 9 marcou novamente, dessa vez de cabeça. Não perca a conta, foi o sexto gol do Timão.

A tarde era mesmo cinematográfica para os corinthianos. Quando o cronômetro já marcava 45 minutos, Marcelo Mattos bateu falta da intermediária, a bola bateu na trave e entrou. Foi o primeiro gol de bola parada do volante com a camisa alvinegra. A partida terminou 7 a 1 para o Timão.

Mesmo quinze anos depois dessa partida, o “chocolate” contra o Santos continua inesquecível nas conversas entre os torcedores antes do jogo ou nas faixas expostas com orgulho nas arquibancadas em dias de clássicos contra o rival.

Veja mais em: Corinthians x Santos.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Ulisses Lopresti Figueiredo

Por Ulisses Lopresti Figueiredo

Vinte e três anos de vida e de corinthianismo. Jornalista, trabalho no Meu Timão. Escrevo aqui e apareço no Contra-Ataque, mídia alternativa de futebol

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