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Protesto no PSJ: o que Andrés ainda não entendeu
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Protesto no PSJ: o que Andrés ainda não entendeu

Parque São Jorge: torcida ensina Andrés sobre a natureza do Corinthians

Foto: WFJr.

Quem estava lá? Nenhum vagabundo! Reuniram-se diante do Parque São Jorge, sob o eclipse da sexta-feira, irmãs e irmãos estudantes, trabalhadores, cidadãos em busca de emprego e aposentados.

Eram integrantes das organizadas Gaviões da Fiel, Camisa 12, Estopim, Pavilhão Nove, Fiel Macabra e Coringão Chopp, além de representantes de grupos como Só Corinthians, Coletivo Democracia Corinthiana (CDC) e Movimento Toda Poderosa Corinthiana (MTPC).

Muitos eram torcedores comuns, não filiados a qualquer organizada ou grupo corinthianista. Pacificamente, agitaram bandeiras e entoaram cânticos que resgatam nossas tradições.

O que exigiam? Imediata correção nos rumos da administração do nosso Corinthians.

O que tentavam ensinar? Uma lição ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Sentenciaram que a maior instituição popular nacional não precisa e não tolera coronéis.

No time dos carroceiros do Bom Retiro, dos imigrantes do mundo inteiro, dos loucos do bando que ergueram sozinhos nosso primeiro estádio, ninguém é melhor do que ninguém.

Em um time de libertários, não há lugar para autoritarismo, cara feia, deboche e falta de transparência. Corinthiano conversa de forma respeitosa e solidária com outro corinthiano, e também com aqueles que não tiveram a sorte de se apaixonar pelo SCCP.

O que incomoda a nossa massa? Ora, o Corinthians é, desde seu primeiro estatuto, o time da democracia e da civilidade. É a cooperação gentil da saudosa maloca, da fábrica, dos corredores da estação de trem.

Pois foi também aqui que se desenvolveu a Democracia Corinthiana de Sócrates e Cia. Em nenhum outro clube do mundo, se exercitou de maneira tão humilde, elegante e inteligente o debate de ideias e a união pelo bem comum.

Então, a multidão gostaria que nossos dirigentes e conselheiros tivessem sido eleitos em um pleito honesto, limpo e correto. Nunca em uma eleição arranjada nas sombras, marcada por graves e vergonhosas irregularidades.

Se Andrés fosse um corinthianista de verdade, lideraria uma campanha por novas eleições, para o executivo do clube e também para o conselho.

E o que mais incomoda quem foi protestar após o dia intenso de trabalho? A extrema arrogância do supremo mandatário e de seu grupo. Causa preocupação a deterioração das finanças do clube, que vê seu patrimônio em processo de rápida dilapidação.

O grupo que tomou conta da instituição fracassou na elaboração de um projeto consistente que garanta a sustentabilidade da Arena, em Itaquera.

Ao mesmo tempo, promove um permanente feirão de atletas, arrematados por bagatelas, em negócios realizados na calada da noite, que apenas enriquecem os agentes tubarões.

Esses dirigentes, esquivos ou cheios de soberba, não têm sido capazes de dialogar com a Fiel e de responder civilizadamente a suas demandas. O silêncio se combina com a embromação.

Basta! O Corinthians precisa de uma gestão honesta, popular e realmente transparente. É o que pede a Fiel.

O Corinthians precisa de novas eleições, limpas, marcadas pela decência que herdamos de Miguel Battaglia e dos heróis fundadores.

Que Andrés finalmente compreenda a mensagem das ruas. O Corinthians tem dono, e não é você, coronel. O Corinthians é do povo!

Veja mais em: Torcida do Corinthians, Torcidas organizadas e Andrés Sanchez.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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