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8 justos motivos para rebaixar o Internacional
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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8 justos motivos para rebaixar o Inter

Coluna do Walter Falceta

Opinião de Walter Falceta

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8 justos motivos para rebaixar o Inter

Que ninguém se esqueça

Foto: Arquivo Pessoal

É evidente, amigo leitor: nossa meta prioritária é vencer o jogo e prosseguir em busca de uma vaga na Copa Libertadores de 2017.

No entanto, o triunfo em Itaquera pode contribuir fortemente para fazer justiça ao futebol brasileiro e rebaixar o Internacional.

Depois da partida, ainda restarão dois compromissos para os gaúchos, que lutam ponto a ponto com Vitória e Sport.

Cabe lembrar que o Colorado escapou da degola de maneira pouco convencional, em duas ocasiões. Também convém recordar a maneira agressiva e desrespeitosa como os cartolas do Inter historicamente tratam o Corinthians e os corinthianos.

Abaixo, destacamos oito razões para se comemorar este incentivo de reforço à Série B de 2017.

1 ) 1976! Você já era nascido? Pois é o ano da espetacular invasão do Rio de Janeiro pela Fiel, na semifinal do Brasileiro, que disputamos contra o forte Fluminense. Lutamos, guerreamos bravamente e vencemos. Na decisão, fomos a Porto Alegre, enfrentar o poderoso Internacional de Batista, Falcão e Dadá Maravilha. Na noite anterior e na madrugada, foguetório e algazarra diante do hotel que acolhia a delegação corinthiana. No dia jogo, a torcida corinthiana é covardemente agredida pela força policial gaúcha nas imediações do Beira-Rio. Depois, nos entregam um vestiário batizado com substância tóxica, provavelmente inseticida. No recinto, uma galinha preta cercada de velas. Durante a partida, em tarde escaldante, priva-se a Fiel de água nas arquibancadas. O clima é de baderna. Fogos de artifício são atirados contra o gramado, obrigando os próprios policiais a se esconderem atrás das placas de publicidade. A mais vergonhosa das finais do Brasileirão.

2 ) Lembremo-nos de 1992. Final da quarta edição da Copa do Brasil. O Fluminense havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1. Levava a taça até os 42 do segundo tempo do embate da volta, em Porto Alegre. Naquele momento, depois de um tromba-tromba na área, o árbitro José Aparecido de Oliveira (o mesmo que nos prejudicaria diante do Palmeiras, no ano seguinte) inventa um pênalti para os colorados. Célio Silva marca e subtrai o título dos tricolores cariocas.

3 ) Em 1999, o Internacional faz péssima campanha no Brasileirão. Para não cair, recorre ao tapetão, no famigerado “Caso Sandro Hiroshi”, repetindo expediente utilizado pelo Botafogo carioca. Alegam os gaúchos que o atleta do São Paulo teria atuado de forma irregular, em razão do “bloqueio” de seu passe. Na defesa, os são-paulinos afirmam que há dezenas de outros jogadores em situação semelhante no que tange ao passe. O TJD despreza o argumento e efetua o remanejamento de pontos. Ainda assim, o Inter vai à última rodada ameaçado, precisando vencer para não depender de outros resultados. Jogo de tormento. Aos 36 minutos do segundo tempo, o atacante Celso tentar um balão sobre Galeano. Há um choque de jogo e o árbitro assinala falta. Após a cobrança, Dunga marca o tento gaúcho. Depois disso, somem os gandulas. Subitamente, apagam-se as luzes do estádio por cerca de 20 minutos. O jogo retorna com os atletas frios. O Inter se mantém na primeira divisão.

4 ) Em 2002, mais uma péssima campanha do Colorado e risco de queda para a segundona. O jogo decisivo é contra o Paysandu. Vitória por 0 a 2 em jogo constrangedor, ou melhor, vergonhoso. Dez anos depois, o ex-presidente do Papão, Arthur Tourinho, revelou que na semana da partida empresários ligados ao Inter haviam mantido contato com diversos jogadores paraenses. O suposto negócio: “corpo mole” em troca de dinheiro. Tourinho declarou acreditar que quatro jogadores tenham se vendido para os agentes do Colorado.

5 ) Em 2006, a pedra no sapato do Inter é o aguerrido time do Nacional, do Uruguai. No jogo de volta das oitavas de final, em Porto Alegre, o time de Martín Lasarte atua com valentia, domina o meio campo e faz cruzamentos perigosos para a área colorada. Aos 5 minutos, gol legal de Marco Vanzini, anulado pelo paraguaio Carlos Torres. No segundo tempo, mais um gol legal de Vanzini, depois de hesitação de Clemer. O árbitro anula a jogada, inventando uma suposta falta no goleiro. O empate em 0 a 0 levou o time gaúcho às quartas de final, em torneio no qual se sagraria campeão.

6 ) Em 2007, o Internacional teve participação fundamental no rebaixamento do Corinthians à Série B do Brasileirão. Antes da última rodada, muitos de seus torcedores exigiam uma derrota para o Goiás. Ela, de fato, ocorreu, pelo placar de 2 a 1. Com 45 pontos, os goianos safaram-se do descenso, obtendo um ponto a mais que o Timão. Naquela ocasião, misturaram-se o constrangimento e o cinismo, nos vestiários e no gramado. Em 2009, o diretor de futebol do Goiás revelou que o time faria o possível para derrotar o São Paulo. Ajudar o Inter na competição equivalia a pagar uma dívida.

7 ) Em 2009, depois de perder a primeira partida da decisão da Copa do Brasil, no Pacaembu, o Internacional tentou de todos os modos tumultuar a decisão, divulgando um DVD com supostos favorecimentos da arbitragem ao clube de Parque São Jorge. Não se tem conhecimento de artimanha tão suja e desleal na rivalidade entre os grandes clubes nacionais. Em sua tentativa patética de valer-se do extra-campo na disputa nacional, o cartola Fernando Carvalho insultou gravemente o Corinthians e seus 30 milhões de torcedores. Vale lembrar que o polêmico devedeiro é daquelas sinistras figuras que contribuem para a destruição do futebol brasileiro, agindo simultaneamente na direção clubística e na defesa dos interesses dos tubarões intermediários de atletas.

8 ) Cabe ainda, no entanto, um reparo à eterna lamúria colorada no que se refere ao Brasileiro de 2005, vencido de maneira justa pelo Corinthians. Reclamam os gaúchos, de forma obsessiva, do lance com Tinga, no 1 a 1 do Pacaembu. De uma vez por todas, vamos aos fatos, todos eles, que marcaram aquele campeonato. Confira as ocorrências e tire suas próprias conclusões.

A ) Cruzeiro 3 x 2 Internacional (2ª rodada - Mineirão - 02/05)

- Tento ilegal de Rafael Sóbis, em claro impedimento.

- Pênalti não marcado em favor do Cruzeiro.

B ) Internacional 1 x 0 Fortaleza (6ª rodada - Beira-Rio - 29/05)

- Pênalti para o Fortaleza não assinalado no fim do 1º tempo.

C ) Internacional 2 x 1 São Caetano (10ª rodada - Beira-Rio - 03/07)

- Gol legal do São Caetano anulado. Impedimento inexistente.

D ) Paysandu 1 x 2 Internacional (14ª rodada - Mangueirão - 24/07)

- Gol legal de Leandro, do Paysandu, anulado.

- Robgol é injustamente expulso de campo.

- Pênalti duvidoso aos 32 minutos do segundo tempo em favor do time gaúcho.

E ) Internacional 3 x 0 Figueirense (25ª rodada - Beira Rio - 11/09)

- Quando o placar do jogo era de 1 a 0, ocorre anulação de gol legal do Figueirense. Impedimento inexistente.

F ) Internacional 3 x 1 Vasco (32ª rodada - Beira Rio - 16/10)

- Gol legal de Alex Dias é anulado.

- Fernandão ajeita a bola com a mão antes de assinalar o terceiro gol do Inter.

G ) Internacional 3 x 2 Coritiba (Repetição da 21ª rodada - Beira-Rio - 28/10)

- Ricardinho permite que a bola saia mais de um palmo além da linha de fundo. O árbitro, porém, manda seguir a jogada. Na sequência, marca pênalti para o Inter. O gol é anotado por Fernandão.

- Aos 30 minutos do segundo tempo, o atacante Rentería livra-se da expulsão, mesmo depois de trocar socos e pontapés com o lateral-direito do Coxa, Rodrigo Batatinha.

H ) Internacional 2 x 1 Ponte Preta (37ª. rodada - Beira Rio - 06/11)

- O zagueiro Ediglê faz carga faltosa sobre o defensor da Ponte, aos 3 minutos da etapa final, e marca o segundo gol do Internacional.

I ) Internacional 1 x 0 Brasiliense (39ª rodada - Beira Rio - 16/11)

- Gol irregular do Inter aos 46 minutos do segundo tempo. Iarley, impedido, tem participação fundamental no lance que culmina com o arremate de Márcio Mossoró.

Cabe agora lembrar igual número de jogos em que o Corinthians foi flagrantemente prejudicado pelas arbitragens.

A ) Corinthians 2 x 2 Juventude (1ª Rodada - Pacaembu - 24/04)

- Gol legítimo de Jô anulado. Impedimento inexistente.

B ) Santos 4 x 2 Corinthians (16ª. Rodada - Vila Belmiro – 31/07 - Jogo anulado)

- Pênalti em Jô, não marcado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho (aquele da manipulação de resultados).

C ) Corinthians 0 x 2 São Caetano (18ª rodada - Pacaembu - 06/08)

- Dimba assinala, em claro impedimento, o primeiro gol do São Caetano.

D ) Internacional 0 x 0 Corinthians (19ª rodada - Beira-Rio - 10/08)

- Pênalti claro em Jô não é assinalado.

E ) Corinthians 3 x 3 Botafogo (23ª rodada - Pacaembu - 28/08)

- Não existiu a falta que originou o segundo gol do Botafogo, anotado por Ramón.

F ) Santos 2 x 3 Corinthians (Repetição da 16ª Rodada - Vila Belmiro - 13/10)

- Pênalti claro de Saulo em Nilmar não marcado.

- O mesmo Saulo chuta, provoca e xinga Carlos Alberto. O corinthiano é expulso.

G ) Corinthians 2 x 3 São Paulo (24ª. rodada - Morumbi – 07/09 - Jogo anulado)

- O árbitro Edílson Pereira de Carvalho tenta sistematicamente intimidar os argentinos Sebá e Tevez.

- Falta duríssima de Mineiro em Jô. O árbitro poupa o são-paulino.

H ) Corinthians 1 x 1 São Paulo (Repetição da 24ª rodada - Morumbi - 24/10)

Falta de Fabão sobre Carlos Alberto, em lance de cartão amarelo (seria o segundo, que resultaria em expulsão). O árbitro Carlos Eugênio Simon assinala falta de Carlos Alberto e ainda o pune com cartão amarelo. Na sequência do lance, gol de empate do São Paulo.

I ) Goiás 3 x 2 Corinthians (38ª. rodada – Serra Dourada – 04/12)

- O segundo gol do Goiás é anotado por Souza, em claro impedimento, aos 25 minutos do segundo tempo. Em caso de empate, o Corinthians teria sido campeão mesmo sem os jogos remarcados.

Recordar e registrar. Porque a informação é a principal arma na construção da justiça!

Vamos, Corinthians! Esta noite, teremos que ganhar!

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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