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Ah, Corinthians: por que tanta agonia?
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Ah, Corinthians: por que tanta agonia?

Coluna do Walter Falceta

Opinião de Walter Falceta

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Ah, Corinthians: por que tanta agonia?

Rodriguinho: ligeira melhora no segundo tempo

Foto: Reprodução TV

1) O Corinthians decretou o empate com Clayson, aos 33 minutos do segundo tempo do Majestoso, no Morumbi. O gol saiu segundos após a primeira finalização certa (em direção à meta adversária) desde o início do jogo contra o Racing, pela Sul-Americana. Somadas as duas partidas, com acréscimos, foram 176 minutos de ineficiência ofensiva.

2) O Timão iniciou o jogo em um 4-4-2, com Jô e Rodriguinho mais adiantados, e Jadson e Romero oferecendo apoio aos laterais. A marcação alta do São Paulo inibiu qualquer iniciativa ofensiva da esquadra mosqueteira.

3) O Tricolor atuava com intensidade e aplicação. O Corinthians, no primeiro tempo, parecia lento e sem energia. Foram 45 minutos de angústia para a Fiel.

4) Jadson tinha sucesso apenas nos passes para trás. Na lida ofensiva, total inoperância. Rodriguinho, bem marcado, seguia o padrão das últimas partidas, destacando-se pela imprecisão nos passes. Romero sofria com a marcação dupla e, por vezes, tripla da retaguarda do time do Morumbi.

5) O gol sãopaulino surgiu de uma longa e confusa trama, em que o Corinthians cedeu a posse de bola ao adversário até o arremate de Petros. Em lance semelhante, minutos depois, o Tricolor trocaria duas dezenas de passes até a conclusão de Hernanes.

6) Sem criatividade, acuado, com um Jô lento, isolado e sem inspiração no comando do ataque, o Timão desceu aos vestiários ao fim do primeiro tempo.

7) A entrada de Marquinhos Gabriel, no lugar do sonado Jadson, não surtiu notável efeito. Ao menos, no entanto, exigiu mais atenção da defesa adversária. O ingresso de Clayson, sim, energizou a equipe de Parque São Jorge. Menos enrolado que Romero, verticalizando as jogadas, o reserva produziu incômodo para o time da casa.

8) Depois que Romero desperdiçou a chance de gol, aos 33 minutos, parte da torcida certamente considerou aquele mais um ataque frustrado. Exibindo qualidade técnica, no entanto, Clayson encontrou o funil de passagem para decretar a igualdade no placar. Comemorou efusivamente, como convém aos agraciados por esta honra no Majestoso.

9) O São Paulo, diante de sua torcida, atirou-se ao ataque e abriu flancos para as pontadas do ataque mosqueteiro. O Timão, no entanto, já valorizava a igualdade. Jucilei, em lance de cabeça, poderia ter estabelecido nova vantagem para sua esquadra. Salvou-se o Timão, no entanto, em intervenção acrobática de Cassio.

10) O ponto conquistado no Morumbi é importante na luta pelo título. Em razão das circunstâncias da partida, tem gosto de vitória para a Fiel. Ainda assim, mantém-se aceso o sinal de alerta. Neste segundo turno, a equipe de Carille tem sido previsível, lenta e imprecisa nos passes. Carece de criatividade e sofre tremendamente na ação ofensiva.

11) Se nada mudar, vem mais angústia por aí. Afinal, perdura a pergunta: o que acabou com a pegada da primeira fase do Brasileirão?

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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