Ex-diretor do Corinthians lembra tentativa de contratação do ainda 'Ronaldinho' Fenômeno
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Por Meu Timão
É bem verdade que o Corinthians contratou Ronaldo Fenômeno, em 2009, como grande estrela do clube para o momento de reestruturação pós-Série B. Doze anos antes, contudo, o ainda magro e jovem Ronaldinho já estava na mira do Timão, conforme lembrado nesta terça-feira por reportagem do Uol.
Em contato com o portal, José Mansur, diretor de futebol do Corinthians na segunda metade da década de 90, lembrou a tentativa de contratação por parte do clube alvinegro. Na época, em 1997, poucos meses após Ronaldinho receber o prêmio de melhor jogador do mundo de 1996, o Timão contava com a parceria do banco Excel Econômico para consumar o negócio.
"O Excel queria contratar o Ronaldo para expandir a marca do banco. Você vê como são as coisas, não é? O que tem de ser será. Doze anos depois ele acertou", disse Mansur, que hoje é apenas conselheiro do Corinthians, sem ligação formal com a diretoria.
A ideia do Excel era pagar a multa rescisória para tirar Ronaldinho do Barcelona. O valor estava estipulado em 30 milhões de dólares (R$ 31,8 milhões na cotação de abril de 1997). Aplicando a correção da inflação do índice IPCA do Banco Central, tal montante hoje seria R$ 109 milhões. O banco, que era patrocinador do Corinthians na época, havia dado garantias à diretoria de que poderia investir tal quantia na contratação do craque.
A verdade, contudo, é que o negócio não chegou muito perto de ser consumado. Apesar de o jornal Folha de S. Paulo, na época, ter estampado a manchete "Ronaldinho está próximo do Corinthians", o empresário que cuidou até 2004 da carreira do atacante negou que as partes tenham sentado à mesa para conversar sobre uma possível transferência.
"Vários clubes queriam ele, mas aqui no Brasil era impossível na época. Em 1997, véspera da Copa do Mundo de 1998, não tinha nenhuma chance. Poderia querer, mas era impossível. A possibilidade era zero. O único clube que nós sentamos foi a Inter, o resto foi especulação. Era inviável, não tinha como, não tinha matemática ali", disse Reinaldo Pitta, também em contato com o Uol.