A mídia irresponsável que incita a violência
Opinião de Walter Falceta
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Fernando Sampaio é figura conhecida no meio jornalístico. Não esconde sua repugnância pelo que é popular. Tampouco logra ocultar seu inconformismo, o mesmo da elite bandeirante, com a presença do clube dos carroceiros do Bom Retiro na principal liga do ludopédio.
Em seu delirante anticorinthianismo, Sampaio exagerou mais uma vez, fazendo prosperar a mágoa pessoal acima do dever profissional, incitando a violência e oferecendo prova inequívoca da irresponsabilidade de parte da grande mídia.
Em seu Twitter, exibiu um discurso contraditório, incompatível com a profissão que exerce. Disse ser contra a violência mas que gostaria de ver a torcida (a dele?) dar uma surra nos reservas do Corinthians.
Em um momento de luta pelo rito civilizatório, em que o cidadãos realmente de bem lutam pelo entendimento, pela conciliação e pela cultura de paz, é estarrecedor que uma figura pública se empenhe justamente para promover a violência.
Sampaio é o típico indignado seletivo que ocupa a mídia hegemônica, alheio aos valores da cidadania, ao bom senso e à justiça.
Não viu, por exemplo, que os torcedores do clube da nata quatrocentona investiram contra o ônibus que conduzia os atletas mosqueteiros ao Morumbi. Vidros quebrados, porém, não o sensibilizam.
Por quê? Porque Sampaio tem lado.
Assim como não exercitou suas supostas virtudes de comunicador para cobrar o atleta tricolor que, em outra ocasião, imitou uma galinha, provocando a coletividade alvinegra.
Por quê? Porque Sampaio tem lado.
Ele vê no detalhe qualquer suposto favorecimento ao clube nascido no Bom Retiro. E faz estardalhaço do que supõe e fantasia.
Ao mesmo tempo, entretanto, seus olhos ignoram as traquinagens e benefícios ilícitos colecionados por seus preferidos.
Sampaio é o tipo de jornalista que empurra o Brasil para trás. É o elemento que, por meio de seus atos e omissões, colabora para difundir e consolidar a cultura da violência.
Mesmo assim, que receba sempre tratamento digno, respeitoso e solidário. Porque somos diferentes. E merecemos tratá-lo com decência e civilidade.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.