Imagine um candidato à presidência da República que não tenha participado de um debate sequer ao longo da corrida eleitoral. Difícil de crer, não? Você, corinthiano mais atento ao Meu Timão ou a outros veículos da imprensa esportiva, já deve ter sacado a relação: o futuro do Corinthians será decidido no próximo dia 3 sem que ao menos um (ou dois) dos presidenciáveis tenha debatido suas ideias com os concorrentes.

De antemão, que não haja dúvida: não tenho preferência por candidato algum, até porque não cabe a um jornalista dizer o que é melhor ou pior, mas transmitir ao leitor as propostas e opiniões de cada pretendente. Aliás, a série “Presidenciáveis”, produzida pelo Meu Timão e que trata justamente disso, está no ar no YouTube desde a primeira semana de dezembro.

Acompanhei na íntegra a entrevista ao vivo de Andrés Sanchez à ESPN Brasil na última sexta-feira. O ex-presidente, dos dirigentes mais vitoriosos da história do Corinthians, respondia às perguntas na lata, sem receio ou temor em relação ao assunto colocado na mesa.

Faltou a Andrés a mesma valentia para topar encarar os outros candidatos num debate, assim como faltou ao oposicionista Paulo Garcia, a princípio impugnado do pleito. Está longe de ser bobeira ou desnecessário. Analisar como um presidenciável se porta quando confrontado é um teste bastante eficaz, e pode auxiliar o eleitor a compreender quem pode fazer mais/melhor por seu clube.

Restam quatro dias para a eleição, e acredito que dificilmente o torcedor corinthiano – leia-se, mais de 30 milhões de pessoas – terá essa oportunidade. O que é de se lamentar.

O Meu Timão estará no Parque São Jorge neste sábado. Que os poucos milhares de sócios com direito a voto, longe dos mais de 126 mil membros do Fiel Torcedor, escolham o melhor para o Corinthians.

O futuro está em jogo, e o “clube mais brasileiro”, atrás do placar.

Veja mais em: Eleições no Corinthians e Andrés Sanchez.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.