O ex-presidente Andrés Sanchez, agora superintendente de futebol do Corinthians e deputado federal, propôs um projeto de lei que dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial aos atletas profissionais e semi profissionais de alto rendimento. Na proposição, o atleta teria que atestar tempo de contribuição no exercício dessa atividade por 20 anos.

Independente da atividade praticada, atletas profissionais e semi profissionais são aqueles que se preparam fisicamente para desempenhar alguma modalidade esportiva. Sabendo que todos são submetidos a treinamentos intensos, que ameaçam até a saúde física do atleta, os problemas enfrentados por cada um são sempre parecidos. Além disso, todo atleta de alto rendimento deve ser supervisionado por especialistas da área da saúde desportiva, e esses são os principais fatores que o diferenciam de um esportista comum.

Justificando a proposta, Andrés desmentiu o senso comum, que costuma pensar que todo jogador de futebol ganha muito bem. Lembrou que muitos são de famílias humildes, e que os altos salários e contratos milionários são minoria nesse meio, ocorrendo apenas nos grandes clubes nacionais e internacionais.

“A imensa maioria dos jogadores de futebol tem contratos reduzidos, ganham pouco, passam dificuldades”, afirmou Andrés Sanchez em entrevista concedida na Câmara dos Deputados.

Segundo estudos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) divulgados em 2012, 82% dos jogadores de futebol brasileiros recebem até dois salários mínimos por mês e apenas 2% dos jogadores recebem mais de 20 salários mínimos.

“Ocorre que, só tem direito a aposentadoria quem contribui para a previdência social e, na maioria das vezes, os jogadores não contribuem e acabam ficando sem nada quando se aposentam”, finalizou.