O meia Jadson marcou um belo gol de falta na vitória contra o Internacional no último sábado. Depois da partida, o jogador contou que se inspira em um jogador muito conhecido da torcida do Corinthians: Marcelinho Carioca. O Pé de Anjo como ficou conhecido, justamente por sua habilidade em cobrar faltas, elogiou o meia Jadson e deu o "selo de aprovação" ao jogador alvinegro.

"O Jadson tem o "ISO Pé de Anjo". Além de ser pequeno, bater bem faltas e fazer os lançamentos que eu fazia, ele decide as partidas. É um grande jogador!", elogiou Marcelinho, em entrevista ao LANCE!.

"Ele tem muita qualidade, é diferenciado, bate na bola como ninguém, mete umas bolas, dá passes perfeitos. Ele e o Renato Augusto são dois articuladores que não tem igual no Brasil, de muita qualidade técnica, sabem driblar, anteveem jogadas, dão lançamentos de até 30 metros. E não tem medo de arriscar, o que é importante", completou.

Mas, o ex-corinthiano não só elogiou Jadson. Também deu conselhos e cobrou mais treinamento e repetições no fundamento.

"Ele tem que chegar uma hora mais cedo no treino, ser o primeiro a entrar no campo e o último a sair. Todo dia vai lá, bate dez faltinhas, sente o peso da bola... E mais: tem que arriscar de longe também, como eu fazia. Depois que ele fizer o primeiro a média ou longa-distância, vai pegar confiança e não parar mais", explicou.

"Falta é repetição. Se sou ele, arrisco mais ainda de três dedos e de longa-distância, pois ele sabe bater na bola e de perto já está fazendo bem. Tem que intimidar goleiro. Depois do primeiro gol de longo, aí já era, fará vários", completou.

Jadson já anotou quadro gols de falta desde que chegou ao Corinthians. No clássico deste sábado pode ter mais uma chance de mostrar seu ponto forte. Porém, Marcelinho acredita que para isso é preciso um pouco de ousadia para fugir das jogadas ensaiadas do técnico Tite.

"O Tite pede jogada ensaiada e tudo, mas o jogador tem que ser ousado. Eu vou fazer o que treinador está mandando? Vou fazer o que der na minha cabeça, se der certo comemora, se der errado pede desculpa e segue. É igual gol olímpico: fiz oito, todo mundo reclamava, se não arrisco, não faço", declarou.

"Ele tem o mais difícil, que é a técnica, é inteligente, imagina se ele acerta uma, a primeira que entrar, um abraço. Dá confiança, moral e medo no adversário. Daqui a pouco faz até de falta lateral", finalizou.