Com bolivianos presos, dirigentes da CBF são investigados por amistoso de Kevin Espada
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Por Meu Timão
O amistoso entre a Seleção Brasileira e a Bolívia, realizado em abril de 2013, em Santa Cruz de la Sierra é alvo de investigação por parte da Fifa e Conmebol. A acusação é de que a renda do confronto, que seria destinada a familia do garoto Kevin Espada, morto no jogo entre San Jose e Corinthians, pela Libertadores, teria sido desviada por dirigentes da Federação Boliviana de Futebol.
Com isso, fiscais da Conmebol irão até a Bolívia para realizar uma auditoria na federação. De maneira mais distante, a Fifa também acompanha o desfecho do caso. Segundo o acordo da CBF, feito pelo ex-presidente José Maria Marin, os direitos de transmissão da TV brasileira e internacional ficariam com a entidade. Agora, dirigentes brasileiros devem ser ouvidos para esclarecer onde está o dinheiro e quanto foi recebido.
A arrecadação de bilheteria do confronto foi de US$ 550 mil, mas após o pagamento de despesas, a Federação Boliviana comunicou que a família de Kevin ficaria com US$ 21,5 mil. Equivalente a 5% do total. Os pais do garoto, no entanto, alegam não ter recebido verba alguma.
Em correspondências trocadas por Marin e o presidente da Federação Boliviana, Carlos Chávez, foi descoberto que o acordo para o confronto vinha sendo alinhado desde 2011. Sendo que o contato inicial teria sido feito através do agora presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que na época comandava a Federação Paulista de Futebol.
Assim como outros funcionários da Federação Boliviana, Chávez foi preso no mês passado acusado de organização criminosa, legitimação de lucros ilícitos, uso indevido de influência, benefícios em razão do cargo, delitos tributários e de mexer com a circunstância agravante de múltiplas vítimas.